Além da queda, o coice. O sofrimento e o calvário experimentados pelos concursados do município de Quixadá ficarão para sempre na memória não apenas dos aprovados, mas também dos familiares que acompanharam de perto a perseguição e a angústia sofrida por cada um deles desde o início desta gestão. E o responsável por todo esse lamentável episódio tem um nome e partido: Ilário Marques (PT).
Como se não bastasse todo o constrangimento já concretizado, por causa de uma polêmica ação judicial para obrigar o prefeito a convocar os aprovados e a respeitar os direitos dos estudantes, o petista parece brincar com a inteligência e com os sentimentos de cada um. Isso se explica porque recentemente o Monólitos Post divulgou uma matéria informando que o Tribunal de Justiça do Ceará havia determinado a inclusão do processo em pauta de julgamento.
Na mesma matéria, foi informado que constava no processo um parecer da Câmara Municipal de Quixadá, presidida atualmente por Dênis Dutra (PT), posicionando-se contra o concurso e a favor do pedido do prefeito para anular o certame pela raiz, ou seja, revogando a lei que deu início ao sonho de quem estudou para conquistar uma vaga no serviço público municipal.
Por conta dessa notícia a repercussão na cidade foi ampla e imediata, afinal quase todo mês tem uma notícia negativa sobre o assunto. Em virtude da repercussão e dos seus reflexos políticos, o prefeito tentou reparar o impacto protocolando uma irônica petição no processo informando que estava solicitando a retirada de pauta de julgamento e requerendo que fosse preservado os direitos dos concursados.
Antes de protocolar a referida petição, o petista montou um “palco” para o seu intento: convocou forçadamente alguns aprovados para assumir o cargo de vigia, esquematizou às pressas uma reunião com os concursados na tentativa de reverter um grave erro provocado pela sua própria gestão. Todavia, muitos aprovados declararam em redes sociais e em grupos de whatsapp que decidiram não participar dessa reunião por não acreditarem mais nas palavras do atual gestor.
Por isso, a petição protocolada pelo prefeito, em vez de agradar, provocou grande revolta nos concursados que compreenderam o ato como sendo uma medida meramente politiqueira e eleitoral objetivando enganar justamente aqueles conquistaram uma vaga no serviço público através do estudo. Várias manifestações contrárias ao prefeito foram publicadas nas redes sociais após o protocolo dessa petição.
A petição do prefeito é completamente incompatível com os seus próprios atos, pois como acreditar em alguém que, em seu primeiro ato de gestão, anulou o concurso através de um decreto? Como acreditar em um gestor que já apresentou vários recursos na justiça tentando a qualquer preço anular o concurso? Como acreditar em uma gestão em que a Câmara Municipal, comandada por um aliado do prefeito, quer a anulação do concurso?
A verdade é que, se não fosse o ex-prefeito João Hudson, que decidiu realizar o concurso, e o prefeito interino João Paulo, que resolver homologar, alguns aprovados não estavam com a sua vaga garantida e outros não estavam com a expectativa de ainda serem chamados.
Muitos questionam um fato bem simples: se o prefeito realmente se arrependeu do erro e das perseguições que cometeu, por que então não faz uma petição informando que o município desiste de todos os recursos? Por que o prefeito não vem a público e pede humildemente desculpas aos concursados? A resposta só pode ser mais simples ainda: O prefeito parece apenas querer usar os aprovados como um mero objeto e como uma garantia passageira de votos e nada mais.
Outra verdade é que o prefeito gosta mesmo é de contratos temporários, já que soube correr para anular um concurso feito pela gestão anterior, mas na prática não fez nenhum concurso. Isso é fato. Comenta-se, inclusive, que se alguém quiser ver servidores com contratos temporários em Quixadá basta ir a uma reunião do Ilário ou de um correligionário seu que verá uma multidão caracterizada de vermelho e balançando bandeiras.
Mas tudo isso parece ter uma explicação bem lógica: Quixadá é administrada por um prefeito condenado em três instâncias por falsidade documental, condenado pelo TCU por causar dano ao erário e que já foi afastado do cargo por suspeita de corrupção e lavagem de dinheiro na operação fiel da balança. Já a Câmara Municipal, que é contra os concursados no processo, entenda-se a base aliada do petista, é o único Legislativo da história onde o presidente afastado Ivan Construções usa tornozeleira eletrônica em decorrência do desmantelamento da máquina pública descoberto na operação Casa de Palha.