O prefeito Ilário Marques (PT) foi afastado do cargo em 2018 em decorrência da “Operação Fiel da Balança”, que investiga, pela primeira vez em Quixadá, crimes de corrupção, peculato e lavagem de dinheiro. Após o afastamento, o gestor ingressou com uma recurso de agravo de instrumento e conseguiu uma medida liminar para retornar ao cargo, mesmo diante de indícios gravíssimos de crimes contra a Administração Pública. Na terceira reportagem sobre o depoimento do gestor, ele é confrontado pelo procurador.
A MENTIRA
Na época na qual o prefeito pediu a liminar no Tribunal de Justiça do Ceará, na ânsia de retornar ao cargo a qualquer custo, o mesmo mentiu para o desembargador Francisco Lincoln Araújo e Silva, relator do caso, pois teria afirmado, por exemplo, que nunca fez contato com o empresário Paulo César Mendonça de Holanda, que surge em gravações falando em repasses de dinheiro público.
A VERDADE
Posteriormente, em 2019, o prefeito foi notificado para ser interrogado como réu no procedimento investigatório da operação fiel da balança, na sede Procuradoria de Justiça dos Crimes contra a Administração Pública – PROCAP. No vídeo, o procurador de justiça lembra que Ilário teria dito no recurso de agravo que nunca teria feito contato com o empresário, mas o representante do Ministério Público desmascara o petista ao lembrar que existem gravações provando o envolvimento dos dois, momento em que o réu se atrapalha e apresenta uma crise de “rodar os dedos”. Veja o vídeo:
A CORRUPÇÃO
Ainda no vídeo, o procurador de justiça revela ao réu que foi encontrada uma conversa no celular do empresário Paulo César onde o prefeito aparece cobrando uma propina de R$ 20 mil reais e que o empresário parece querer uma contrapartida que seria a autorização para a prefeitura abastecer seus veículos que tinham contrato com o município, ou seja, a empresa teria abastecido com o dinheiro do povo. Confira no vídeo:
Inegavelmente é triste e vergonhoso para um gestor público, em uma situação tão difícil que o município atravessa, por conta da pandemia e do desemprego, perder o seu tempo cobrando propina de empresários para satisfazer seus interesses pessoais, invés de concentrar a sua preocupação e seus esforços no interesse público e no bem estar da população.
A consequência disso tudo não poderia ser outra: educação com os piores índices educacionais da história, atraso no reajuste do magistério de 2018, pois a gestão ainda deve 3,81% da atualização salarial, parcelamento ilegal do terço adicional de férias e do reajuste de 2020, redução arbitrária do salário dos professores temporários e anulação do concurso público por perseguição, essas, lamentavelmente, são as marcas do atual governo da Terra dos Monólitos.