Um caso estarrecedor de apropriação indébita por parte da prefeitura de Quixadá está sendo investigado pelo Ministério Público e deverá ter novos desdobramentos nos próximos dias. É que um professor que prestou serviço a Secretaria de Educação de Quixadá até o mês de abril de 2020, ficou sem receber os auxílios governamentais, mesmo após ser demitido e não possuir nenhum vínculo empregatício, mas ser mantido na folha de pagamento pela prefeitura de Quixadá.
O professor que não será identificado nessa reportagem para evitar perseguições, prestava serviço em uma escola na zona rural do município e foi demitido no mês de abril. Logo após ter seu vínculo encerrado, o educador que também exerce profissão no ramo de entretenimento, seu entrada nos pedidos para receber o auxílio emergencial e ser beneficiado pela Lei Aldir Blanc, no entanto, ambos foram negados pelo governo, já que no sistema do Governo Federal, consta que o professor ainda consta que o mesmo possui vínculo com a prefeitura de Quixadá.

O nome do professor segue no Portal da Transparência como se estivesse trabalhando, mesmo após ter sido demitido
Em consulta ao Portal da Transparência, pode-se observar de fato que, mesmo demitido, o nome do professor continua com contrato de trabalho em vigência, datado inicialmente em junho, quando o mesmo já havia sido demitido e encerrando-se somente em 2021. O professor alega ainda que, no contrato, que em tese está em vigor, o valor pago é maior do que o mesmo recebia quando estava em sala de aula.
Alguns questionamentos deverão ser feitos pelo Ministério Público a prefeitura de Quixadá: Porque o contrato de trabalho não foi encerrado na prática e somente na teoria? Porque o contrato foi renovado em junho, quando o professor sequer prestava mais serviço a prefeitura de Quixadá? Para onde estão indo os valores pagos pela prefeitura, que não caíram na conta do professor? Estaria algum funcionário “fantasma” recebendo o salário de alguém que foi retirado de sala de aula e sequer presta mais serviço a prefeitura? Essas e outras perguntas, somente o tempo e o próprio prefeito de Quixadá poderão responder.