EXCLUSIVO: Justiça bloqueia mais de 700 mil reais do “vereador da rachadinha” de Quixadá

- por
  • Compartilhe:

Você lembra da frase “quanto que é o meu?”. A pergunta foi feita pelo vereador Guto da Glaudiesel a uma mulher que prestava serviço ao gabinete do parlamentar e era obrigada, de acordo com a denúncia, a dividir o salário com ele. A época, ela que estava cedida ao gabinete do vereador, denunciou o suposto esquema de corrupção, conhecido como rachadinha, no Legislativo quixadaense, o que levou a justiça afastar o parlamentar. O esquema comandado por Guto na Câmara Municipal de Quixadá tornou-se público após o Monólitos Post publicar, no dia 19 de setembro de 2018, em primeira mão, matéria sobre o caso.

Logo após, o Ministério Público do Estado do Ceará,  através da promotoria com atuação na 3ª vara desta comarca, ingressou com uma Ação de Improbidade contra o vereador Gutemberg Queiroz Pelegrine Filho, mais conhecido como “Guto da Glaudiesel”, em decorrência do esquema de desviar dinheiro público apelidado de “rachadinha”.

Segundo a denúncia, Guto da Glaudiesel celebrou um acordo informal com uma servidora pública, utilizando-se das prerrogativas inerentes ao cargo comissionado de assessora de gabinete e, em contrapartida, a remuneração recebida pela servidora seria rateada entre ela, o vereador e mais uma terceira pessoa.

Consta ainda na denúncia que Guto da Glaudiesel, embora exerça o cargo de vereador da Terra dos Monólitos, controla e dirige determinada empresa que goza de benefício decorrente de contrato celebrado com o Município de Quixadá, com o conhecimento e anuência do prefeito Ilário Marques.

Ao proferir decisão no caso, o juiz Adriano Ribeiro Barbosa considerou que “Gutemberg Queiroz Pelegrine Filho obteve enriquecimento ilícito com parte da remuneração de sua assessora, que exigia como condição para mantê-la no cargo, no total de R$ 7.174,00.” Ainda segundo o magistrado, o bloqueio de bens do parlamentar será definido em: “R$ 28.696,00 mais o valor de sua remuneração como vereador, multiplicado por 100 (cem), o que deverá ser diligenciado pela secretaria junto ao órgão competente.”

Por conta disso, a secretaria da 3ª vara da comarca de Quixadá já expediu ofício ao Cartório de Registro de Imóveis informando sobre a decisão judicial e sobre o valor total de bens do vereador a ser bloqueado, correspondente à soma de R$ 738.696,00.

Vale ressaltar que, a presente decisão é referente apenas ao pedido de medidas cautelares, significando que a ação continuará tramitando e que poderá culminar com a condenação do vereador nas penas previstas na Lei de Improbidade.




Comentários

Os comentários abaixo não representam a opinião do Monólitos Post; a responsabilidade é do autor da mensagem.
  1. Onde o PT está a desgraça está junto. Essa esquerda do Brasil apóia estupro, aborto, consumo de maconha, pedofilia e tudo mais

Deixe seu comentário

Os comentários do site Monólitos Post tem como objetivo promover o debate acerca dos assuntos tratados em cada reportagem.
O conteúdo de cada comentário é de única e exclusiva responsabilidade civil e penal do cadastrado.