Empresa envolvida no assalto ao Banco Central foi usada para lavagem de dinheiro na gestão de Ilário Marques, afirma Ministério Público

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Após o Monólitos Post publicar matéria nessa segunda-feira (7), intitulada “EXCLUSIVO: Ministério Público pede 34 anos de prisão a Ilário Marques por corrupção”, que mostra o resultado da investigação do Ministério Público no âmbito da “Operação Fiel da Balança”, ação do órgão que desvendou o crime de fraudes em licitação no município de Quixadá, os apoiadores do ex-prefeito, a quem os promotores dizem ser o chefe do grupo que desviou milhões do erário municipal, se manifestaram dizendo que a população não deveria ficar sabendo de toda a trama que levou ao afastamento do ex-alcaide.

Agora, um novo fato, deixará os quixadaenses ainda mais estarrecidos: Uma empresa envolvida no assalto ao Banco Central, crime que ocorreu em agosto de 2005, em Fortaleza, e foi noticiado internacionalmente, também é acusada pelo Ministério Público de ser usada pelo suposto grupo criminoso de Quixadá.

De acordo com a denúncia da Procuradoria de Justiça dos Crimes Contra a Administração Pública – PROCAP, a empresa foi favorecida pelo grupo, sem conseguir provar qual o destino do dinheiro no favorecimento. “Curioso destacar, como já mencionou, que os depósitos oriundos de contas da empresa somam R$ 742.682,00 (setecentos e quarenta e dois mil, seiscentos e oitenta e dois reais) todavia, as negociações remontam a um valor de R$ 819.050,19 (oitocentos e dezenove mil e cinquenta reais e dezenove centavos)…”, relata a ação.

Em outro trecho da denúncia os procuradores relatam que “Ademais, o administrador da empresa não apresentou qualquer explicação para cheque compensado em favor de sua empresa …, indicando que a empresa era utilizada também para movimentação oriundo de atividades ilícitas”, diz a denúncia.

Após a divulgação da matéria dessa segunda-feira (7), Ilário Marques usou suas redes sociais para contrapor seus apoiadores. Como uma postura diferente, o petista confirma que o processo existe. “…acredita-se que ao final do processo restará improcedente a acusação contra o ex-prefeito”, diz trecho da nota publicada no perfil do petista no Facebook. Anteriormente, na própria nota, o petista, mais uma vez ataca o Ministério Público, dizendo que o órgão caiu em um “narrativa fantasiosa”, descredibilizando a investigação realizada pela Procuradoria dos Crimes contra a Administração Pública (Procap).

Essa ação é um desdobramento da “Operação Fiel da Balança”, a mesma que levou ao afastamento do ex-prefeito em agosto de 2018. O processo narra, com riqueza de detalhes, a maneira como a organização criminosa agia na Prefeitura de Quixadá. Nesta denúncia, o ex-prefeito responde por desvio de dinheiro público, corrupção, fraude em licitação, ocultação de bens e valores e por integrar organização criminosa.

O Monólitos Post continuará no seu papel de informar a população de Quixadá e do Ceará. Amanhã, uma nova matéria sobre o maior esquema de corrupção dentro de uma Prefeitura do estado será publicada. Nossa redação mostrará onde eram realizadas toda as negociações do grupo criminoso que fraudava as licitações da Terra dos Monólitos, fato apurado pelo Ministério Público nas investigações da operação “Fiel da Balança”, que durou nos anos de 2018, 2019 e 2020.




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