Ex-prefeito de Quixadá é condenado a devolver mais de R$ 300 mil ao município por desvios de recursos públicos

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O ex-prefeito de Quixadá, o petista Ilário Marques, foi condenado em primeira instância a devolver mais de R$ 300 mil pelos prejuízos causados aos cofres públicos por utilizar de forma indevida recursos federais destinados a apoio de eventos culturais da cidade. A sentença é assinada pela juíza Giselli Lima de Sousa Tavares, titular da 1ª Vara Cível da Comarca Local.

Ilário está sendo processado pelo próprio município e terá de devolver o valor aos cofres da gestão municipal. De acordo com os autos, através de convênio Ilário conseguiu uma quantia de R$ 200 mil para serem utilizados na cobertura de gastos do Pula Fogueira, realizado no ano de 2008. O valor foi repassado através Ministério do Turismo como forma de apoio ao evento.

A utilização dos recursos, no entanto, preconizava algumas regras que não podiam ser violadas, entre elas a de que o dinheiro só poderia ser gasto dentro do prazo determinado, justamente no período em que ocorresse o evento. De acordo com o processo Ilário Marques teria gasto os R$ 200 mil antes do evento, o que denota a ideia de que o recurso pode ter sido desviado de sua função inicial.

Ilário tentou se justificar culpando o seu próprio secretário. Na época Henrique Rabelo era quem respondia pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo. A juíza destacou que Ilário não poderia promover transferência de responsabilidade, “uma vez que foi este quem firmou o mencionado convênio”.

O ex-prefeito chegou a se defender mas, no entendimento da magistrada, apresentou um argumento fraco, sustentando apenas “que não houve dano e que os recursos foram gastos em outras despesas sem apresentar nenhuma prova de suas alegações”. Ilário terá de devolver o valor de R$ 307.629,00 pelo prejuízo causado ao município, que após comprovada a irregularidade, teve que devolver o valor na época ao Ministério do Turismo. O valor é acrescido de juros.

Agora, analise

Cabe aqui uma análise curiosa: Ilário firmou convênio, tomou posse da verba e utilizou para outros fins, que restaram comprovado não ser para o Pula Fogueira. E fez isso justamente com o Ministério do Turismo, órgão do Governo Lula, o líder político que mais defende. Em 2008 era Lula quem estava no centro do poder do País. O ministro do turismo era Luiz Barreto Filho, então diretor do Sebrae Nacional.

Ilário Marques enganou até mesmo aqueles de quem diariamente defende nas redes, hasteia bandeira e faz sinal de L com as mãos. Não colou: teve que devolver o dinheiro através da gestão na época.

Agora imagine: se ele fez isso com quem diz tanto amar, a nível nacional, imagine o que ele não foi capaz de fazer a nível municipal. Para comprovar, basta para isso ir no mesmo Portal da Transparência, verificar o balancete contábil feito por sua própria equipe de finanças e onde consta mais de R$ 42 milhões de restos a pagar deixados na conta de Quixadá no final de 2020.

CLIQUE AQUI e leia a condenação do ex-prefeito de Quixadá.

 




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