Os esforços empreendidos pelas Forças de Segurança do Ceará para coibir episódios de ameaças e deslocamentos forçados de moradores já culminaram em 36 suspeitos capturados, em virtude do cumprimento de mandados de prisão ou por flagrantes. Os trabalhos são coordenados pela Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS-CE) e realizados por equipes das Polícias Civil e Militar, com suporte das Coordenadorias de Inteligência (Coin/SSPDS) e Planejamento Operacional (Copol/SSPDS).
Das 36 prisões, 21 são referentes a situações flagranciais. Já outras 15 pessoas foram capturadas por força de mandados de prisão. Conforme levantamentos policiais, 23 presos já possuem antecedentes por diversos crimes. Além das capturas, 29 mandados de busca e apreensão também foram cumpridos. Os dados se referem ao período de agosto a 05 de novembro de 2025. Durante coletiva de imprensa realizada, nesta quarta-feira (5), na sede da SSPDS, o secretário Roberto Sá reforçou a importância dos trabalhos policiais e das prisões.
“Estamos aqui para fazer uma prestação de contas à nossa população. É importante esclarecer que há uma firme determinação do nosso governador, Elmano de Freitas, para enfrentarmos dia e noite essas organizações criminosas e todo tipo de criminalidade. A prova disso é que de janeiro a setembro deste ano, já efetuamos mais de 1800 prisões de pessoas envolvidas com organizações criminosas. Reconhecemos o tamanho do desafio, mas reafirmo aqui que continuaremos identificando e prendendo, seja em flagrante ou por meio de investigação, quem quer seja que cometa crimes”, frisou o secretário Roberto Sá.
Desde o último dia 20 de outubro, a SSPDS realiza, por meio da Copol, a Operação Opus, com o intuito de coibir crimes, bem como desarticular grupos criminosos suspeitos de envolvimento com ocorrências de deslocamentos forçados. As ações, realizadas inicialmente no bairro Prefeito José Walter – Área Integrada de Segurança 9 (AIS 9) de Fortaleza, contam ainda com informações repassadas pela Coordenadoria de Inteligência (Coin/SSPDS) e de dados extraídos pela Superintendência de Pesquisa e Estratégia de Segurança Pública (Supesp). Ao todo, oito pessoas foram capturadas em 15 dias de operação.
Investigação
A prática desse tipo de crime, registrado em vários estados do país, que é parte da forma de atuação de grupos criminosos, quando há acirramento entre eles, vem sendo combatida no Ceará a partir do mapeamento, monitoramento e prisões de suspeitos. As investigações são coordenadas pelo Departamento de Repressão ao Crime Organizado (DRCO), por meio da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco). Atualmente, 25 investigações por parte da PCCE estão em andamento.
“Existe um protocolo de troca de informações, onde cada caso é identificado. Dessa forma, impulsionamos as nossas ações, seja de presença, de coleta informações ou de acompanhamento, para depois instaurar a investigação. A diretriz é identificar, localizar e prender qualquer indivíduo que tenha envolvimento com ameaças e deslocamentos forçados ou qualquer pessoa que se beneficie com esse tipo de ação criminosa”, ressaltou o delegado-geral da PCCE, Márcio Gutierréz.


