Não faz bem à nenhum país que o mesmo partido político permaneça no poder sempre. Em se tratando de política, o tempo se aproveita das fraquezas humanas e cuida em criar e aprofundar vícios prejudiciais. Ainda mais no Brasil. O PT deve deixar o poder em breve, sob pena de transformar esta nação inteira numa serviçal espalhafatosa dos interesses do partido vermelho. Não que o partido seja ruim, mas é algo que aconteceria com todos os outros, por força da natureza humana. E não são os partidos compostos por aquilo que seus membros são? Mas considerando as opções que os brasileiros possuem atualmente, é melhor que este “breve” demore um pouquinho.
Eu não sei o que passa na cabeça de alguém em querer eleger Aécio Neves ou Eduardo Campos ou Marina – e até sei: o mesmo tipo de pensamento que derrotou Ilário Marques aqui em Quixadá.
Aquele pensamento dominado pelo partidarismo e interesses próprios, onde o amor à nação e à defesa dos interesses nacionais se transformam apenas em peça de propaganda. Fora do marketing, essas coisas simplesmente não existem. É a realidade, mas você tem todo direito de acreditar em outra coisa.
Os três nomes contra a candidata petista são tudo, menos avanço. Não precisa gastar muitos neurônios para perceber isto. Se não é esta a razão que leva alguém a apertar o “confirma” para os oponentes de Dilma, talvez seja apenas ódio ao PT ou pura desinformação. Ou, ainda, talvez seja um médico ferroado com o “Mais Médicos”… Ainda assim é preciso respeitarmos as escolhas dos outros, por mais alienadas que sejam. E olhem que os médicos tem razão em muito do que falam sobre o “Mais Médicos”, é o que penso.
Urge que as oposições ao PT criem opções de liderança para esta nação. O Brasil precisa de grandes homens e mulheres inseridos em todos os partidos, pessoas capazes de fazer o que se tem de fazer, e fazer bem, e não exigir perpetuação no topo. Pessoas que não apenas queiram ganhar a vida ou servir de fantoches nas mãos dos partidos, mas que queiram fazer história e dar uma contribuição real aos semelhantes.
Porém, a corrupção e a prática do mau caratismo estão tão entranhados no sistema, que é difícil manter qualquer crença neste modelo. Quem achar que a democracia já atingiu seu ponto máximo de excelência é um tolo. A democracia é muito mais do que aquilo que está posto. Contemplando-a, tal como se contempla um doente em fase terminal, é fácil perceber que reformas são urgentes. A política no Brasil, com estes partidos colocando as siglas acima de tudo, transformaram a nossa nação num monturo em que se pode encontrar mil e uma coisas boas e um milhão de coisas ruins. A rusga entre PMDB e PT na disputa por ministérios, por exemplo, é uma afronta vergonhosa ao povo e uma amostra do quanto estamos precisando nos politizar. Estão fazendo esta coisa feia na frente de todos, sem cerimônia alguma. Tecnicismo para cuidar do Brasil não se vê, mas partidarismo… Ah! Isso tem de sobra!
O que se vê em todo o mundo, as revoltas, as revoluções, as derrubadas de governo, não são coisas novas. Todo império da história e todo modelo de governo entraram em colapso. O que se vê no mundo é o colapso, não da democracia, mas daquilo que estruturaram dentro dela, uma coisa que não sei definir por nome, mas que tem o poder de reduzir o povo à mesma massa de gente enganada, extorquida, explorada e mal cuidada de sempre. A democracia está adoecida por este vírus que não sei chamar pelo nome. Sem reforma política, ela vai entrar em colapso, nesta ou na outra metade deste século, pois não vai mais suprir as necessidades do povo. É uma questão de lógica. E o povo, em qualquer sistema de governo, é sempre o centro de tudo.
O que se vê no Brasil ilustra toda a situação. Aqui no Nordeste, por exemplo, a seca é negócio rendoso para os vermes que adoecem a democracia. E não é coisa deste governo apenas, já faz tempo que nossa sede enriquece e dá votos a estes animais impiedosos. “Kit Seca”, como os que a Dilma entregou hoje, sempre existirão. Solução definitiva, porém, não chega e nem vai chegar, até que o povo, como na Revolução Francesa, faça colapsar este modelo de fazer política.
Mas esta é só uma opinião. Está ainda com pontos soltos, desconexa, manchada pelo senso de revolta com tudo isso à nossa volta. Mas já serve para deixar claro que ou arrancamos a cabeça do Rei, ou o povo continuará a ser pisado pelos cascos dos cavalos das tropas partidaristas.
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OBS: A opinião aqui expressa não representa, necessariamente, o pensamento do Sistema Monólitos de Comunicação.



Exatamente! José Hermando. É um ótimo comentário para alguém opositor, de outro partido ou grupo político. Isso não dá credibilidade aos argumentos.
Parabéns pelo belo comentário.Concordo,plenamente, com tudo que você escreveu.Chegamos ao “fundo do poço” com este modelo politico vigente, onde predomina a “corrupção” e o “troca troca” de benesses em detrimento do coletivo.