Quatrocentas e trinta e cinco pessoas foram assassinadas no último mês de março no Ceará, segundo dados de relatório divulgado pela Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS). Dessas mortes, 204 foram registradas na Capital.
Os dados de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs), publicados na Internet, incluem homicídios dolosos, latrocínios (roubos seguidos de morte) e óbitos decorrentes de lesão.
Esse número representa aumento de 10% das mortes em relação a fevereiro, que havia registrado diminuição do número de mortes em relação a janeiro, em 3,9%. Dessa forma, o aumento do número de Crimes Violentos Letais Intencionais de janeiro para março foi de 6.35%. Somando o primeiro trimestre do ano, morreram no Estado do Ceará 1.238 pessoas, diretamente em decorrência da violência.
VIOLÊNCIA NO CEARÁ MATA MAIS DO QUE COMBATES DE GUERRA
Um levantamento feito através dos registros da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social constatou que, de janeiro de 2007 a março de 2014, foram registrados 20.740 homicídios no Estado (sendo 2.860 por ano). A estatística praticamente se iguala ao número de soldados mortos durante os oito anos e nove meses de guerra no Iraque, de todas as nações em combate, com 21.428 (sendo 2.448 por ano). Note que a média anual de mortes em decorrência da violência no Ceará supera a média de mortes de soldados envolvidos no horror da guerra no Iraque.
A Guerra do Iraque iniciou em março de 2003 e foi encerrada em 15 de dezembro de 2011. Durante o período de conflito, foi reportado que 4.805 combatentes da coalizão ocidental foram mortos, incluindo 4.487 americanos, 179 britânicos e 139 militares de pelo menos 22 outros países. Das forças de segurança iraquiana, foram 16.623 mortes. A soma leva à constatação de cerca de oito mortes por dia durante os combates.
Enquanto isso, nos últimos sete anos, que coincide com o governo Cid Gomes, o Ceará – ressalte-se: sem guerra – teve 20.740 vidas interrompidas por causa da criminalidade.
Conforme dados colhidos no Mapa da Violência e na Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), o número de homicídios (incluindo lesões seguidas de morte e latrocínios) no Estado só aumenta. Enquanto em 2007 foram contabilizados 1.936 crimes de morte, em 2013 o número subiu 130%, com 4.462 homicídios. Nesse último, pode-se dizer também que foi registrado um homicídio a cada duas horas.
NOSSA CAPITAL
Em Fortaleza, houve crescimento de 18,4% na quantidade de assassinatos, comparando 2012 e 2013. Apenas no ano passado, a capital cearense registrou 2.017 casos, respondendo sozinha por 45,2% do total de mortes violentas no Estado.
A cidade foi considerada a 13ª mais violenta do mundo em 2013. No ano seguinte, já pulou para a 7ª colocação. E os números oficiais da SSPDS comprovam: somente em 2014, a cada dia, 9,8 pessoas são mortas em Fortaleza.
Segundo relatório da ONG mexicana Conselho Cidadão para a Segurança Pública e Justiça Penal, Fortaleza tem uma taxa de 79.42 homicídios a cada 100 mil habitantes, com 2.754 homicídios registrados em 2013. Essa taxa é a 2ª maior do mundo, inferior apenas a Caracas, capital da Venezuela.
ALERTA PARA OS CANDIDATOS
A violência no Ceará representará um desafio enorme para o futuro governador e deve ser tema batido e rebatido durante a campanha eleitoral deste ano. O cearense está assustado diante do horror da violência que testemunha em sua terra natal. Assim como o combate à ela foi o carro chefe das campanhas de Cid, provavelmente será também daquele que vier a ocupar o Palácio da Abolição em 2015. E os cearenses, em meio à esta guerra, apenas torcem pela implementação de políticas de segurança que realmente produzam resultados. Afinal, apesar de sermos bem humorados, não dá para brincar com esta situação. Está insuportável.
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Fontes consultadas: Jornal O Povo – Tribuna do Ceará – Dados da SSPDS – Relatórios do Mapa da Violência



A questão da violência e, em decorrência da Segurança Pública em nosso Estado é de responsabilidade do governante em exercício, mas também da sociedade civil organizada. Óbvio que à política de segurança implantada pelo governo, com seus agentes especializados, compete maior rswponsabilidade no enfrentamento da problemática, e erros no planejamento e execução dessa política resulta em alto custo para todos, sem distinção de classe, como vem ocorrendo. A solução está em grande pacto construído entre o poder público e suas várias instãncias e a sociedade como um todo, com atribuições bem definidas, sob a égide de um comitê plural, que viabilize a execução do que for planejado, fazendo uso da Inteligência dos órgãos policiais em vez do enfrentamento beligerante, que só gera mais violência e mortes. É isso que esperamos e exigimos do próximo governante.
Políticos forjados pelas elites serão sempre assim, pois nunca trabalham para a maioria da população, os gastos verdadeiramente são muito poucos para efetivamente acabar com os crime violentos. Deveria ser reestrutura as policias civil e militar, o efetivo no mínimo deveria ser duplicado, o número de viaturas serem triplicado, haver mais treinamentos, a estrutura do Judiciário ser melhorada com mais juízes, servidores, mais presídios, mais Delegacias de Polícia, enfim muita coisa tem que ser feita, porém eu não acredito nesses atuais candidatos a eleição pela primeira vez, são políticos com o mesmo discurso e o mesmo perfil.