Diante da impaciência da população, profissionais da UPA de Quixadá trabalham sem segurança apropriada

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Esperar em filas de hospital para receber atendimento é uma das piores coisas que existem, ninguém duvida. O colapso dos serviços de saúde em Quixadá tornam o ato ainda pior. Na foto ao lado, pessoas aguardam do lado de fora da UPA a chegada de um médico.

Chegar numa Unidade de Pronto Atendimento que se propõe a oferecer serviços 24 horas, sete dias por semana, e não encontrar médicos, pode deixar qualquer um realmente nervoso. E se o cidadão já veio de um hospital sem estrutura e materiais de atendimento e, ao chegar na UPA, recebe a orientação de voltar para o mesmo hospital, isso pode ser realmente bem frustrante. O clima de caos deixa todos muito nervosos e o resultado não pode ser outro senão medo e insegurança.

Relatos chegam a todo momento a este site dando conta do terrível estresse que ambienta a UPA de Quixadá. Pessoas sem paciência xingam os profissionais, levantam a voz contra eles e, em alguns casos, ficam por um fio de entrar em vias de fato. Abatidos pelo sofrimento das tragédias e das doenças, poucos param para pensar que os profissionais não tem culpa pela desorganização do poder público.

Por outro lado, o jeito de falar nada calmante de alguns profissionais pode acabar piorando a situação. Vejam uma das diversas mensagens recebidas pelo Monólitos Post:

“Ontem, das 18:50 ate as 21 horas, não tinha um médico sequer na U.P.A. Isso sem falar das ameaças e palavras de baixo calão com os funcionários. Não tem nenhum tipo de segurança, tanto para os pacientes, como para os funcionários. Um descaço total.”

Outra, desta vez no Eudásio Barroso, onde a situação também é crítica:

“Eu estava com minha avó no hospital. Não tem medico, não tem ambulância, não tem raio-x, nem na UPA. Disseram pra mim que na UPA só a partir das 17 hs. Aí eu disse que ia levar ela para fazer o raio-x particular, e a enfermeira disse com um tom arrogante: “Pois encosta seu carro aí e pode levar”. Eu me senti completamente abandonado naquele instante.”

Diante da crise instalada, os profissionais trabalham em constante tensão. Medidas urgentes para atenuar a situação precisam ser tomadas. A insatisfação da população está em níveis alarmantes e as unidades de saúde acabam se tornando bombas relógio, podendo explodir a qualquer momento.




Comentários

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  1. É mesmo, é bem facim de matarem um médico ou uma enfermeira, pois as pessoas estão revoltadas.

  2. Sem comentário,meu Deus…

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