Prefeitura de Quixadá insiste em dizer que imprensa local é mentirosa

- por
  • Compartilhe:

A Prefeitura Municipal de Quixadá insiste em dizer que a imprensa local é mentirosa, mesmo quando ela transmite fatos de conhecimento público, tal como foi o caso do tratamento dispensado a uma senhora de 89 anos, cujo corpo estava sendo velado em cima de tábuas velhas e coberto por um mosqueteiro. A família não conseguiu auxílio do poder público, cuja capacidade de oferecer urnas estaria comprometida por problemas de licitação.

Fotos do tratamento indigno dispensado àquela idosa foram parar no portal G1 e ganharam repercussão nacional. Mesmo assim, em sua página oficial no Facebook, a Prefeitura emitiu uma nota de esclarecimentos qualificando a constatação do episódio como notícia que “não condiz totalmente com a realidade apresentada”.

De acordo com a nota, “o Prefeito Municipal, João Hudson Rodrigues Bezerra, bem como a Secretária do Desenvolvimento Social, Juvenina Calixto, ao tomarem conhecimento do fato ainda pela manhã, providenciaram de imediato a compra da Urna Mortuária (caixão) e todos os serviços funerários que são concedidos, por direito, ao cidadão, nunca deixando nenhum munícipe sem a devida assistência”. Não explica, porém, a origem dos recursos utilizados na compra da urna. Em se constatando que o prefeito pagou os serviços com dinheiro do próprio bolso, isso representaria um enorme retrocesso na prestação de assistência social no município, e talvez por isto a nota se furte ao devido esclarecimento.

A nota informa também que será aberto procedimento administrativo para determinar qual foi o tratamento dispensado ao corpo da idosa ainda nas dependências do Hospital Eudásio Barroso, onde a anciã morreu, vítima de um câncer.

Quando critica a ausência de gestão, a imprensa quixadaense é sempre qualificada como mentirosa, tendenciosa e terrorista. Apoiadores do prefeito usam as redes sociais para acusar a denúncia de fatos amplamente verificáveis pelo público como “política suja”, como se o papel da imprensa fosse fazer política e não noticiar fatos.

LEIA A NOTA DA PREFEITURA NA ÍNTEGRA: 

A Prefeitura Municipal de Quixadá vem a público esclarecer que:

1- Os fatos veiculados pela mídia local, na qual afirmam que uma paciente do Hospital Eudásio Barroso que viera a óbito às 18 horas deste domingo (25), ficara sem o auxílio funeral, que é um benefício eventual, destinado às famílias do município que se encontram em situação de vulnerabilidade social e econômica, não tendo meios de arcar com os custos de inumação do corpo, não condiz totalmente com a realidade apresentada;

2- O Prefeito Municipal, João Hudson Rodrigues Bezerra, bem como a Secretária do Desenvolvimento Social, Juvenina Calixto, ao tomarem conhecimento do fato ainda pela manhã, providenciaram de imediato a compra da Urna Mortuária (caixão) e todos os serviços funerários que são concedidos, por direito, ao cidadão, nunca deixando nenhum munícipe sem a devida assistência.

3- Informamos ainda que a licitação para compra de urnas mortuárias já foi realizada, estando dentro do prazo de recursos das empresas licitantes.

4- No tocante a acusação na qual um funcionário do Hospital Eudásio Barroso teria obrigado a família a retirar o corpo do ente querido de suas dependências, a Secretária de Saúde, Selene Bandeira, não acredita na versão apresentada e solicitou abertura de inquérito administrativo para apurar o caso em tela e mostrar a verdade ao cidadão quixadaense, que não se deixa corromper por notícias deturpadas e sem chance ao princípio do contraditório e da ampla defesa.




Comentários

Os comentários abaixo não representam a opinião do Monólitos Post; a responsabilidade é do autor da mensagem.
  1. QUEM É QUE VAI DÁ CRÉDITO A UM IMBECIL DESSES,CABRA IRRESPONSÁVEL E MENTIROSO AI FICA DIZENDO QUE SOMOS CULPADOS,VAI TRABALHAR CARNIÇA….

Deixe seu comentário

Os comentários do site Monólitos Post tem como objetivo promover o debate acerca dos assuntos tratados em cada reportagem.
O conteúdo de cada comentário é de única e exclusiva responsabilidade civil e penal do cadastrado.