Debates importantes estão acontecendo em diversos municípios cearenses. Quixeramobim e Iguatu, por exemplo, revolvem-se em torno do planejamento de sua estrutura até o ano de 2025, com consequentes benefícios para a população, que se alinha na defesa de conquistas sociais de grande relevância.
Por outro lado, a exemplo do que vem acontecendo em Quixadá, há certos debates completamente improdutivos que ganham corpo e se tornam cada vez mais recorrentes tanto mais próximo se torna o pleito eleitoral. Estes debates não dizem respeito ao desenvolvimento e exploração das potencialidades locais, muito menos giram em torno de conquistas sociais. Tratam tão somente do espectro de politicagem que, como um terrível câncer, enfraquece, degrada e mata a esperança de dias melhores.
É fácil identificar nas redes sociais, bem como na participação dos ouvintes nos programas de rádio e nas conversas que dominam as ruas, qual é o teor deste debate improdutivo. Ele orbita as seguintes perguntas: Quem é o candidato menos inapropriado? Quem é o menos implicado com processos na justiça? Quem é o que possui menos acusações do Ministério Público? Quem é o menos sujo? Qual é o grupo político menos ficha-suja?
Este debate é reflexo das decepções que o município vem sofrendo ao longo dos anos, e pior ainda: sinaliza que, apesar das constantes decepções, a população ainda não ganhou maturidade suficiente para perceber que não se pode tratar os grupos políticos que detém o controle dos destinos do município com a mesma paixão cega e superficial que se tem por times de futebol. Política é coisa séria. Ela influencia diretamente nossa qualidade de vida e é o fator que pode ou não modificar realidades. Enquanto o debate for improdutivo, porém, a política quixadaense, a exemplo do que acontece em outros municípios, não conseguirá alcançar suas finalidades mais precípuas.
Atualmente, o debate dominante em Quixadá acontece entre apoiadores da atual gestão municipal, sob o comando do prefeito João Hudson, e apoiadores do ex-prefeito Ilário Marques. Cada grupo consegue elencar fileiras de acusações mútuas. Cada um consegue citar um sem número de processos judiciais, promessas não cumpridas e assim por diante. Nada que produza alguma coisa benéfica para a cidade.
A gestão do prefeito João tem sido, sem dúvida, desastrosa. Uma banda do seu secretariado foi afastada pela justiça e não pode sequer entrar nos recintos públicos da administração municipal. Por outro lado, a outra parte se vê diante de processos por improbidade administrativa e da possibilidade de enfrentar novos. Cada um destes terá sua chance de apresentar defesa e não cabem julgamentos precipitados. O que desanima, de fato, é que o debate em Quixadá continue a girar em torno de qual dos grupos é, supostamente, o menos sujo.
A verdade é que tudo isso vem desgastando demais a população, e a coisa boa que se percebe nisso tudo é que este debate vai começando a se tornar propriedade apenas daqueles que, não importa o que aconteça, jamais ousarão mudar de opinião sobre as próprias posturas políticas. Na outra ponta estão pessoas que querem debater dias melhores para a cidade. Você mesmo que está lendo este texto agora, ou quem sabe ouvindo sua leitura através do rádio, talvez seja uma de tais pessoas. Seria imensamente positivo que o debate em torno de ideias, propostas e opções novas ganhasse corpo, em detrimento desta conversa infrutífera acerca de qual grupo político é o menos sujo.
Até porque nosso município merece mais do que aquilo que já está posto. Dias melhores para o município, no entanto, só virão a partir de maior maturidade política. Em relação a qual dos grupos políticos é supostamente o menos sujo, não há como fazer um apontamento. Isto cabe à justiça, que os está julgando. O que precisamos é de um debate diferente, em torno de opções responsáveis, de projetos novos e de ações que objetivem melhor qualidade de vida para nossa gente.
Já chega de debates improdutivos.



Pois é. Então vamos fazer o seguinte, a população deveria eleger lideres de Sindicatos, líderes de associações, líderes diversos de todos setores da sociedade, para de forma independente de partidos apresentar alternativas de governo, ou seja, apresentar programas, planos administrativos e fazer valer o poder do voto, para que o prefeito que fosse eleito e também os vereadores eleitos já tomassem posse com a obrigação de aprovarem projetos de lei que fossem prioridade, tais como em favor da Educação, segurança pública, Saúde, ficando portanto obrigados a trabalharem em prol da sociedade e também fosse criado um conselho de fiscalização composto de pessoas de conduta ilibadas, para assim proteger tudo aquilo que fosse público, que fosse patrimônio do povo, para que não houvesse mais corrupção. O prefeito seria uma autoridade condicionada mesmo a trabalhar para o povo, sem se sentir um cacique, chefe de grupos, devendo ganhar um bom salário, mas tendo que fazer jus ao dito salário e ser realmente amado pelo povo e ser um cidadão livre, longe de ser um dono da razão e dono do cargo público e integrante de grupos partidários, pois eles não têm nenhuma fórmula mágica que os condicionem a serem os únicos.