Cidadãos continuam sendo humilhados ao procurarem serviços públicos de saúde em Quixadá

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O caos instalado no âmbito da prestação dos serviços públicos de saúde em Quixadá já é bem conhecido.

Apesar das graves denúncias e das investigações do Ministério Público, bem como da atuação incessante da imprensa, o quadro simplesmente não muda.

A situação já atinge o patamar da humilhação. Já que cidadãos que pagam impostos continuam sendo obrigados a comprar com dinheiro do próprio bolso os medicamentos e equipamentos necessários para realização dos atendimentos médicos.

A situação afeta principalmente os mais carentes, e muitos já afirmam que quase todo o salário que recebem está sendo gasto com medicamentos não fornecidos pelo poder público.

Durante esta semana, técnicos da Secretaria de Saúde do Governo do Estado visitaram as dependências da Unidade de Pronto Atendimento (UPA 24 Horas) bem no momento em que não havia médicos à disposição da população.

Informações dão conta de que o profissional teria deixado o plantão por falta de condições para trabalhar. Ele teria apenas dipirona à disposição para ser administrada a quem procurasse a unidade.

Na manhã desta quarta-feira, 25, o jovem Danilo Lima, 29 anos, levou uma tia, de 38 anos, ao Hospital Eudásio Barroso para tratar de uma crise renal. De acordo com ele, apesar do atendimento gentil da enfermeira, não havia nenhum medicamento e nem equipamentos para administrá-los.

Danilo relata: “Para nossa surpresa e ao mesmo tempo indignação, quando chegou a hora de tomar o medicamento (Voltaren e Buscopan), a técnica em enfermagem – que por sinal foi gentil e educada -, disse que só seria possível fazer o procedimento se comprássemos o buscopan e, o mais absurdo, o equipo de soro (equipamento simples para administração intravenosa). Lá também faltam luvas para os profissionais e até esparadrapo.”

Ele também comentou o seguinte: “Tinha uma senhora lá que precisava fazer um ECG na UPA e teve que ir com o tubo de soro seco enrolado no braço, porque se tirasse e precisasse de medicamento novamente, não tinha como tomar. Aí tinha que aproveitar o equipo.”

Uma situação, sem dúvida, humilhante demais.

A prefeitura, por sua vez, se mostra totalmente incapaz de lidar com as demandas e parece mesmo ter entrado em parafuso diante de tantos problemas.

Recentemente, o prefeito anunciou a construção de mais cinco postos de saúde e ampliação dos já existentes. A população questiona a capacidade para gerenciar novas unidades quando nem as já existentes possuem as necessárias condições para atendimento humanizado.




Comentários

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  1. O Sr. Prefeito não pode esperar que as coisas que devem ser destinadas para a população de forma gratuita, caiam do céu, pois ele têm que saber usar as verbas federais e dos impostos que pagamos, deve se lembrar também que foi o povo quem o colocou lá, para que ele trabalhasse para a população, o que significava muita coisa em prol do povo e não só promessas e festinhas. Quem te viu e quem te vê senhor prefeito, lembre-se que o cargo de prefeito não é intocável e nem eterno.

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