Hérlon Fernandes Gomes é natural de Brejo Santo, uma pacata cidade do sul cearense, da conhecida região do Cariri, um berço de cultura do estado.
Hérlon começou a escrever seus poemas na adolescência, publicando os primeiros textos em jornais da região e periódicos do curso de Direito da Universidade Regional do Cariri, de onde obteve o diploma de Bacharel, sendo inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil, Subseção Crato.
Paralelamente à carreira, o autor é amante da literatura e a literatura, pelo visto, é amante de Hérlon Fernandes. Não se explica de outra forma o perfeito arremesso das palavras do autor ao coração dos leitores de Lúmen, seu mais recente livro.
Nas palavras do romancista Jards Nobre, Mestre em Linguística e imortal da Academia Quixadaense de Letras, Lúmen é um “grandioso livro de poesia”. De fato, foi exatamente esta a sensação que tive ao terminar de ler Lúmen, livro que me foi presenteado recentemente pelo próprio Jards, a quem agradeço o privilégio de ter conhecido a obra de Hérlon Fernandes.
Fernando Pessoa disse certa vez que “quem não vê bem uma palavra não pode ver bem uma alma”. Eu diria, aproveitando-me da colocação, que as palavras da poesia de Lúmen enxergam nossa alma. Elas percorrem nossos sentidos como se fossem uma folha a percorrer suavemente as águas de um rio calmo. Parecem, por vezes, ser coisa nossa mesmo. Chega a chocar, como o fazem os praticantes da quiromancia, a perfeita interpretação dos nossos sentimentos e vida. Você não lê Lúmen, Lúmen é que lê você.
“Lúmen é tematicamente um livro que reúne o que de melhor nos legou uma sucessão de correntes de nossa poesia. Nele são cultivados temas caros à tradição poética, como o amor não concretizado, o amor carnal e a saudade, mas também se faz uma celebração da cultura nordestina, em que a chuva é consagrada e a simplicidade pode ser o segredo da felicidade”, afirmou Jards Nobre, que assinou o prefácio do livro, com o qual concordo em cada letra.
O autor de Lúmen (foto ao lado) já afirmou: “A arte não é uma vaidade do artista; ela nasce sem pedir licença, rouba-nos o sono, faz-nos abandonar o curso normal das rotinas e exige plateia. A escrita tem me dado a maior alegria que consigo por mim mesmo. Ela é meu ponto de equilíbrio, meu divã, meu vinho.”
Com alegria garanto aos leitores deste site: a arte de Hérlon Fernandes, que lhe é como vinho, vale a pena ser degustada.



Sinto-me lisonjeado por ter minha obra como matéria neste periódico de respeito, não só para a região quixadense, mas para todo o Ceará. É muito importante criar essas pontes de informações, de troca de ideias, de movimentações de arte em todo o Estado. A interface da página, o respeito ao vernáculo, a seriedade revestida nas matérias dão a dimensão dos objetivos deste jornal. Vida longa ao Monólitos Post!
Em breve, pretendo conhecer Quixadá!
Um abraço fraterno.