Texto de João Eudes Costa
Novamente estão de volta ao sertão os candidatos que lutam pela permanência no poder, ou que pretendem, igualmente, usufruir das mordomias e dos privilégios que o êxito nas eleições lhes assegura.
Há muito o sertanejo não era tão festejado. Voltaram os abraços festivos e os cumprimentos efusivos. Os que andavam léguas para fugirem das estradas sem asfalto, hoje percorrem maiores distâncias, a fim de penetrarem nas carroçáveis e veredas, onde o próprio carro, comprado exclusivamente para os serviços da eleição, faz a estrada.
Os que se portavam indiferentes aos problemas sociais rurais, agora demonstram preocupação e mostram-se constrangidos diante da miséria do sertanejo. Tamanha a capacidade de representar, que chegam às lágrimas, pondo em evidência os pendores pelas artes dramáticas.
Aquela arrogância ridícula, ignorando os que aflitos sofriam a seu redor, foi transformada, como por encanto, numa simpatia envolvente, beijando crianças pobres, ajudando deficientes, segurando velhos pelo braço, numa dedicação que, de tão incomum, causa surpresa e admiração.
São os políticos que voltaram ao sertão, em busca do passaporte para o exercício do poder. Depois, novamente se distanciarão do meio rural, indiferentes aos problemas e anseios dos rurícolas.
Essa gente tinha o direito de expulsá-los quando voltassem repetindo as mesmas mentiras, com a intenção de voltar a nos trair. O sertão, todavia, é puro, leal e não alimenta ódio, nem cultiva a vingança. A tradicional hospitalidade abre a porta dos casebres humildes e tudo é posto à disposição do visitante, por mais impudente que seja.
Por mais mágoa que o sertanejo sinta, por mais ingratidão que tenha sofrido e decepção experimentada, o sertão abraça os que o apunhalam, aperta a mão que nele bateu, e põe no santuário sagrado de seu coração os que o traíram e o fizeram sofrer.
Sendo o sertão assim puro, sincero, ingênuo e fraterno, por que vocês, homens da política e profissionais do poder, não correspondem com uma postura à altura dos sentimentos desta gente? Por que vocês, depois de eleitos, não continuam com esta estreita convivência com o trabalhador rural, procurando resolver, de fato, os seus problemas, aqueles mesmos que vocês se inteiraram nas campanhas eleitorais passadas?
Não abusem da confiança, humildade e hospitalidade deste povo. Um dia o sertão deixará de confiar, resolve desconhecê-los, tratando-os da mesma maneira como por vocês é tratado. Somente então irão pagar o preço da mentira, do fingimento e da traição.
O importante é que tudo isso pode acontecer na eleição que se aproxima. Podem vocês pensar que estão, mais uma vez enganando, e as urnas demonstrarem que desta vez foram vocês que se enganaram.
Lembrem-se de que vocês compraram a nossa confiança com notas falsas de suas promessas. Conquistaram a nossa simpatia, abraçando-nos e nos traindo. Agora, que descobrimos quem são, vamos devolver as notas falsas, pondo-as nas urnas das coisas imprestáveis, porque, em todas elas, estão estampados os retratos dos traidores e mentirosos.
*Extraído do blog Retalhos de Quixadá



– O VOTO A CADA DOIS ANOS, NAO SURTIU O EFEITO DESEJADO NESTA JOVEM
DEMOCRACIA.
– A CADA ELEICAO TEMOS UMA METRALHADORA NA MAO MUNINCIADA(VOTO), PENA QUE NOS NAO SABEMOS ATIRAR OU TEMOS UMA MIRA MIOPE, NAO ACERTAMOS NUNCA.
– PENSE AMIGO ELEITOR, SE UM POLITICO ESTA LHE PEDINDO VOTO, PROMETENDO O CEU; MANTENHA UMA DISTANCIA DESTE DE DOIS PASSOS, OLHE-O NO OLHO, SE ESTE VIRAR A CABECA, OLHAR PRO CHAO OU PROS LADOS,
NAO TENHA DUVIDA, ESTA MENTINDO, NAO TEM PALAVRA, OU PROMETE COMO SEM FALTA, E, FALTA COMO SEM DUVIDA . . .
Durante as campanhas eleitorais, nós os eleitores poderemos até ser chamados de reis, príncipes e até meu patrão, abençoado, e etc. Olha, a história vem se perpetuando, pelo fato de a população pobre e desorientada, em grande maioria, e semianalfabeta sempre cair no conto do vigário. Eles virão sempre com todas as fórmulas mirabolantes para conseguir o voto do eleitor, serão capazes até de prometer um lugarzinho lá no céu, para conseguirem se reeleger e depois virarão mais uma vez as costas para a maioria do povo sofredor e pobre. Em suma eles farão a festa e o povo vai dançar novamente. Porém para não dizer que não falei das flores, acredito que um parcela muito pequena desses políticos irão honrar o voto daqueles que acreditaram neles, mas, repito, serão pouquíssimos…