Os médicos plantonistas do Hospital Eudásio Barroso, principal equipamento público de saúde de Quixadá, estão se recusando a continuar com os atendimentos de emergência naquele nosocômio. O motivo seria atraso salarial, que já ultrapassa mais de dois meses, razão pela qual outras equipes também escolheram deixar de trabalhar neste município.
Nesta manhã de terça-feira (4), informações que chegaram a esta coluna dão conta de que seria solicitado do SAMU que parasse de levar pacientes ao Eudásio Barroso. O Eudásio Barroso, porém, é submetido à Central de Regulação do SAMU, e está credenciado para oferecer serviços de emergência. A prefeitura recebe recursos financeiros para não deixar a emergência parar de funcionar. Por isso, é improvável que a central do SAMU autorize que pacientes parem de ser levados para este hospital.
Para não fechar as portas, o Diretor Clínico da unidade, Dr. Kleiber Marciano, assumiu sozinho o plantão, porém, por razões obvias, não tem como continuar atendendo toda a demanda por muito tempo. Outros profissionais foram consultados sobre a possibilidade de substituírem os plantonistas, porém, ninguém aceitou a oferta. Os profissionais da medicina estão há muito tempo com o pé atrás em relação ao compromisso da gestão municipal em pagar salários.
A situação é gravíssima e requer atenção imediata das autoridades públicas quixadaenses.
