Na volta ao poder, Ilário Marques tenta burlar a lei e pressiona concursados para trabalharem com contrato temporário

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Durante os 97 dias que esteve interinamente à frente do poder Executivo quixadaense, João Paulo de Menezes Furtado deixou o legado de homologar e convocar os concursados que haviam tido seus sonhos interrompidos pelo prefeito investigado por suspeita de corrupção, Ilário Marques (PT). O petista foi afastado do cargo, após uma operação policial a pedido do Ministério Público, intitulada de “Fiel da balança”, que tinha como objetivo combater desvio de verba pública da prefeitura.

Ao reassumir a Chefia do Executivo do município através de liminar, em seu primeiro ato, Ilário demonstrou que não tem interesse em permanecer com os concursados que foram convocados pelo prefeito interino. Ele protelou a posse dos aprovados no concurso, utilizando como desculpa a não realização de uma perícia médica pela gestão interina o que foi negado pelo secretário de Administração responsável pela convocação dos concursados, Max Caldas.

Agora, de acordo com alguns concursados que procuraram o Monólitos Post, mesmo após realizar a perícia médica, o prefeito de Quixadá tenta realizar outra manobra para continuar interrompendo os sonhos do concursados: Ao invés de dar posse aos aprovados, o alcaide pressiona os aptos a trabalharem como servidor temporário. A manobra fere a Constituição Federal que obriga o ingresso no serviço público por meio de concurso.

O fato é estranho, porque se a gestão precisa dos servidores, o que os impede de ser efetivados? Nos bastidores da política local comenta-se que o petista tenta ganhar tempo porque espera que o Tribunal de Justiça reverta à ação ganha pelo Ministério Público, que validou o concurso realizado por João da Sapataria e que foi anulado por Ilário. Ele mesmo já havia falado sobre o fato ao dizer, em vídeo publicado em seu perfil no Facebook, que “o próprio juiz submete a sua decisão ao Tribunal de Justiça do Estado e o município vai apresentar suas razões argumentando porque alegou a ilegalidade, portanto é um concurso sub-judice. É um concurso que lá na frente pode ser convalidado ou pode ser anulado”.

O alcaide quixadaense quer prejudicar os concursados, mas não quer ver sua gestão ter a imagem desgastada por não conseguir prestar serviços públicos que já são precários. Se não efetivar os concursados, serviços, sobretudo, nas áreas da Saúde, Educação e transporte escolar correm o risco de pararem. Com medo que isto ocorra e para ganhar tempo, esperando pela decisão do Tribunal de Justiça, o petista pressiona os aprovados a aceitarem a trabalhar como prestadores de serviço.

A não efetivação dos aptos a ocuparem os cargos conquistados por meio do concurso público preocupa a população, principalmente os quixadaenses que precisam se utilizar dos serviços do hospital Eudasio Barroso e da Unidade de Pronto Atendimento Médico (UPA). Procurada por nossa reportagem, a secretária de Saúde de Quixadá, Juliana Câmara, disse que fizesse as indagações por escrito e enviasse para a secretaria de administração.




Comentários

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  1. Que vergonha meu Deus…Que justiça é essa? Há dois anos isso se arrasta e ninguém freia esse “agente do mau”?!
    Ele faz chacota com a justiça,com povo de Quixadá e com essas mais de 700 pessoas que ” ralaram” em busca de um sonho.
    Até quando?!

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