As operações do Ministério Público, em Quixadá, revelam que o quanto pior melhor está no poder

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A expressão quanto pior melhor é utilizada pelas pessoas quando alguém torce para que algo não dê certo, sobretudo no meio político. Em Quixadá, as rotineiras operações realizadas pelo Ministério Público e pela Polícia no bojo do Executivo e também do Legislativo Municipal revelam que o pior, o que há de ruim, ocupa os principais cargos desses dois poderes, inclusive a Chefia deles.

A continuidade da “Fiel da Balança” e a operação “Casa de Palha”, deflagradas na manhã dessa quarta-feira (24), na Terra dos Monólitos, colocou novamente o município nas páginas policias dos meios de comunicação do estado. As duas ações serviram para mostrar que o afastamento do prefeito Ilário Marques (PT) não tinha nada da desculpa utilizada por ele, “que tudo não passava de uma injustiça”. Injusto seria se a justiça não agisse e deixasse os quixadaenses na mão de um grupo que quer se apoderar do patrimônio público, usando a administração municipal como se fosse sua.

A crise moral e ética pela qual passa o município é fruto da turma que está acostumada com as benesses do poder. Cretinamente, a atual gestão usa com frequência a expressão quanto pior melhor para criticar os munícipes que reclamam da buraqueira nas vias das cidades, da falta de transporte escolar e da saúde “padrão Unimed”, como se ela estivesse certa e a população, que paga seus impostos, errada. Quem é correto, escuta, reconhece o erro e age, mas a administração petista local, vendada, rebate as críticas, xinga a imprensa e chama, indistintamente, as pessoas de “oposição raivosa”.  Nos últimos anos, o despreparo, a ineficiência, a desqualificação e a improbidade marcam o poder público local, características que qualificam quem está no poder como executores do quanto pior melhor, sendo mais claro, quero dizer que não há necessidade de operações de órgãos fiscalizadores para que todo estado saiba o descaso dos poderes Executivo e Legislativo com Quixadá.

A gestão local, após as operações comandadas pelo Ministério Público na manhã da última quarta-feira (24), quis passar a ideia de tranquilidade, informando em nota que “a administração municipal está tranquila”. Tranquilos estamos nós, cidadãos de bem, que nunca fomos afastados e nem presos por cometer algum tipo de crime. A nota quis apenas “tirar o prefeito da reta”, como diz o ditado popular. Mas, na prática é diferente. O órgão ministerial realizou a segunda fase da operação “Fiel da Balança” e, embora o prefeito não tenha sido afastado novamente, o Executivo foi alvo da ação. Ficar tranquilo nessa situação só no papel mesmo, assim como o plano do atual governo.

A imprensa e a população precisam ficar atentas e cobrar dos membros do Legislativo quixadaense uma postura severa e digna, uma postura de representantes do povo. Os vereadores não podem se furtar a cumprir o seu papel. É necessário que a sociedade cobre a cassação do presidente da Câmara. É indigno deixar à frente do parlamento municipal uma pessoa que faz parte de um grupo responsável pelo quanto pior melhor. O que os munícipes desejam é um chefe do Legislativo que respeite seus pares, sua gente.

Em relação ao poder Executivo, com papel desempenhado pela justiça, não seria surpresa que, nos próximos meses, seu chefe seja, assim como o presidente da Câmara, preso. Afinal de contas, tudo começou quando o Ministério Público acusou o prefeito de comandar suposto esquema de corrupção dentro da Prefeitura de Quixadá e solicitou a justiça seu afastamento. Na época, o alcaide e sua turma atacaram os órgãos de fiscalização, a justiça e a imprensa. Profissionais dos veículos de comunicação foram tachados, por um advogado bem próximo a Ilário Marques, de desqualificados. Ao certo, ele não queria que nada sobre o assunto fosse publicado. Deveria achar que todos os veículos de comunicação estão à venda. Não estão! E eu lamento comunicar que são os desqualificados, livres, que estão informando sobre sua prisão.


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Por Franzé Cavalcante – Jornalista

Email:  monolitosquixada@gmail.com




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