Vereador é preso no interior do Ceará ao tentar atrapalhar investigação do Ministério Público

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O Ministério Público do Estado do Ceará – através do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) e da Promotoria de Justiça de Mucambo – e a Polícia Civil do Ceará, em desdobramento da terceira fase da Operação Sales, cumpriram, na manhã desta quinta-feira (16), mandado de prisão em desfavor do vereador André Luis de Sousa Gonçalves, o André da Coelce.

A medida foi determinada pelo juiz da comarca de Mucambo, Cristiano Sousa Carvalho, a pedido dos promotores de Justiça responsáveis pela investigação. O pedido do MP tem fundamento na garantia da instrução criminal tendo em vista que conversas captadas durante interceptação telefônica legalmente autorizada, deixam evidente a interferência ativa do parlamentar municipal nas investigações com a retirada documentos de sua residência, local onde foi realizada busca e apreensão, bem como destruiu o próprio computador pessoal portátil, prejudicando de forma deliberada a busca da verdade real e visando garantir sua impunidade.

De acordo com o Ministério Público, o vereador atuava como um verdadeiro “braço” de Wilebaldo Aguiar, ex-prefeito de Mucambo e que, segundo os promotores de Justiça, chefiava o esquema criminoso de locação de veículos. Wilebaldo, que encontra-se preso preventivamente, mantinha-se informado sobre os depoimentos prestados por meio de informações repassadas por André Luis, mantendo contanto também com a esposa deste, conforme indicam as interceptações.

As investigações apontam que o vereador participava do esquema criminoso do ex-prefeito, pois de além de ser uma pessoa de confiança do mesmo, era o responsável por organizar a documentação e realizar transferências dos veículos pertencentes a Wilebaldo. Com isso, considera-se que André Luiz tem potencial para influenciar em novos depoimentos que ainda serão prestados, no decorrer da investigação. Somente com locações, a investigação abrange a apuração de 17 licitações e dispensas de licitações fraudulentas, e os desvios e lavagens de dinheiro decorrentes.




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