O presidente da Câmara Municipal de Quixadá, Ivan Construções (PT), teve pedido de habeas corpus negado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) na terça-feira (18) e na quarta-feira (19), o Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) ofereceu mais duas denúncias referentes à Operação Casa de Palha para investigar a existência de crimes de fraude em licitações, dentre outros ilícitos, na Prefeitura e no Legislativo quixadaense.
Na peça do órgão ministerial, os promotores afirmam que a chefe de gabinete da Prefeitura Municipal de Quixadá, Ana Patrícia Cristina Martins, obstruiu a justiça ao mandar o Ivan Construções faltar a sessão do dia 16 de agosto de 2018, pois seria intimado a declarar o cargo de prefeito vago em decorrência da deflagração da operação Fiel da Balança, de acordo com que noticiou o site Revista Central, nesta sexta-feira (21). Na época, Ana Patrícia estava afastada do cargo por decisão judicial e impedida de entrar em prédios públicos.
O MPCE afirma que “no mesmo dia as 9h13min27seg, Ana Patrícia, chefe gabinete da prefeitura de Quixadá, um dos alvos da operação, igualmente afastada do caso, efetua ligação telefônica para Francisco Ivan, presidente da Câmara de vereadores avisando que este seria intimado acerca do afastamento do prefeito Ilário Marques, orientado-o a não ir para câmara, embaraçando assim a atuação do Poder Judiciário e do Ministério Público, eis que este seria intimado acerca do afastamento do prefeito“.
Para justificar sua ausência à sessão do dia 16 de agosto de 2018, Ivan Construções entregou atestado médico falso, alegando suposta infecção, porém o ministério público apurou que “ocorre que foram captadas ligações telefônicas realizadas por Francisco Ivan em que este revela que não estava na cidade de Fortaleza e tampouco doente, revelando que não foi à câmara para não receber a comunicação do Desembargador acerca do afastamento do prefeito Ilário Marques”.
O presidente da Câmara e a chefe de Gabinete da Prefeitura queriam ganhar tempo, evitando que o vice-prefeito de Quixadá, João Paulo de Menezes Furtado, assumisse a chefia do Executivo local, uma vez que este e Ilário Marques estavam com as relações politicas “arranhadas”.



