A privatização do matadouro: Como o liberalismo econômico pode melhorar a vida dos quixadaenses

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Uma das premissas básicas do liberalismo econômico é que o ente público deve se limitar unicamente em oferecer serviços essenciais a população como a saúde, a educação e a segurança, atuação além dessas áreas por parte do governo geraria ineficiência, prejuízo, gastos públicos desnecessários e a perca do foco nas áreas essenciais.

Para compreendermos melhor esse postulado liberal é necessário falarmos um pouco sobre o que é o “matadouro”. É um local especifico para o abate de animais para consumo, lugar esse destinado exclusivamente para empreendedores que trabalham nessa área comumente chamados de magarefes ou açougueiros. Feita a devida definição resta-nos discorrer sobre o martírio que os usuários desse estabelecimento público estão vivendo.

O desenvolvimento da atividade empreendedora do açougueiros ou magarefes estão comprometidas ou mais dispendiosas, uma vez que o Município exerce o monopólio do abate de animais, sujeitando esses empreendedores a usarem o “matadouro” municipal, que atualmente se encontra fechado a mais de 3(três) anos, levando essa classe de comerciantes a buscarem “matadouros’ clandestinos ou irem para outros municípios alhanarem sua matéria-prima, o que obviamente deixa o produto final mais caro, ora que os custos de produção e transporte aumentaram, logo o preço da carne inflaciona majorando o custo de vida da população quixadaense que consome proteína animal, portanto, tem-a Gestão Municipal relação direta com o aumento do valor do quilo da carne na cesta básica dos quixadaenses.

Caso a Gestão Municipal preferisse  privatizar o “matadouro” ou permitisse “matadouros” particulares o custo para o beneficiamento da carne se tornaria mais vantajosa para o quixadaense sob dois prisma; primeiro: o consumidor final sentiria o preço do quilo da carne mais em conta, se mais barato poderá comprar mais, ou com o valor remanescente poderá comprar outros produtos, e por conseguinte, a carne será mais acessível a população; segundo: o dinheiro do pagador de tributos (população mais pobre), que por ventura seriam gastos na estrutura, funcionários e manutenção do “matadouro” poderiam ser destinados a áreas essenciais do Município – saúde – educação – segurança.

Porém, mesmo de frente à essa lógica liberal que sempre beneficia os mais carentes, a Gestão Municipal prefere um Município “grande”, burocrático, caro e que dá margens ao nefasto fenômeno da corrupção, do que um Município “pequeno”, dinâmico, barato e de difícil caminho para a corrupção cujo maior beneficiário é o mais pobre.

Por fim, se essa parcela de comerciantes se verem abolidos das amarras burocráticas do Poder Público Municipal poderão trabalhar livremente em suas atividades empreendedoras oferecendo a população quixadaense uma carne mais barata e de qualidade, caso continue o empreendedor preso a boa vontade do governante, perde principalmente aquelas pessoas cujo 1(um) real a menos no seu orçamento doméstico lhe fazem falta.


Por: Dr Valdovir Holanda

Francisco Valdovir Holanda de Almeida é Advogado; Especialista em Direito Tributário,
Previdenciário e Trabalhista; mestrando em Educação Empresarial; Professor de Direito
Empresarial e Economia.



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