Medo e angustia, são esses os sentimentos dos moradores da rua da Palha, em Quixadá. Eles têm o prazo de cinco meses para deixar suas casas, pois a Justiça Federal determinou que quem reside nas proximidades do trilho que passa próximo aquele logradouro, deixe aquele local.
Para justiça àquela área é considerada de risco e a solução dada não foi satisfatória para os moradores. As pessoas que vivem ali, há anos, têm a opção de aceitarem R$ 200,00 (duzentos reais) durante 12 meses para alugar uma casa, enquanto consigam adquirir um novo lar. Entretanto, os moradores afirmam que só saem dali se forem contemplados com um beneficio de uma casa popular, através de um programa governamental.
Algumas pessoas se manifestavam através de cartazes. Um deles cobrava ao prefeito de Quixadá um projeto habitacional. Um dosa cartazes perguntava: “Senhor prefeito Ilário Marques cadê o projeto de nossas casas?” A situação fez uma senhora perder o medo e quebrar o silêncio. “Eu moro numa casinha de taipa, nem banheiro tem. Meus filhos são de menor, mas gracas a Deus tem a creche para eles passarem um dia pelo menos para comer. E duzentos reais? Pra onde a gente vai com duzentos reais? Como é que vou fazer para pagar água e tudo. E é só por um ano e quando terminar esse ano? Quem quiser que se vire. Vai ter que tirar do bolso. E quem não tem trabalho? Está aqui o meu marido, ele trabalha de reciclagem, tem dia que ele não traz nem dez centavos para dentro de casa”, comentou a mulher.
Na Rua da Palha são 24 famílias ameaçadas de despejo, mas algumas delas não quiseram falar porque têm medo de sofrerem perseguição por parte da atual administração municipal, uma vez que parte dos moradores cobra a implantação de programas habitacionais no município e afirmam que há casas desocupadas no “Minha casa, Minha Vida”, que poderiam ser ocupadas por eles.
Assista reportagem



O povo tbm só quer exigir, pra quê foram morar em área de risco? Querem tudo de mão beijada…..trabalhe e faça….