Como o liberalismo econômico poderia melhorar a vida dos permissionários do Mercado Público de Quixadá

- por
  • Compartilhe:

Antes de falarmos sobre o Mercado Central de Quixadá, é necessário fazermos um breve relato sobre a história dos mercados e sua importância para a formação da sociedade. Enganou-se Aristóteles ao afirmar que os seres humanos são naturalmente seres sociais, que uma força metafisica ou inconsciente leva-os a viverem em sociedade.

A primeira sociedade humana com uma estrutura complexa surgira na Mesopotâmia mais precisamente a sociedade suméria, e sua gênese se deu não por uma força metafisica ou furto do inconsciente humano em viver em grupos, mas pela prática comercial desenvolvida em torno de um local onde as pessoas trocavam bens para suprirem suas necessidades, ou seja, um mercado. Logo, entorno desse mercado foram criadas todas as estruturas sociais que vemos hoje, assim, esse fenômeno se repete na contemporaneidade, primeiro nasce um mercado e depois uma cidade e na história existem vários exemplos desse fenômeno que desmente Aristóteles.

Portanto, como o objetivo não é relatar as origens históricas das sociedades, mas discorrer sobre o Mercado Central de Quixadá, queremos focar na premissa que sempre o poder político sucede as práticas comercias e para se desenvolver o comércio não necessita do poder estatal, muito pelo contrário, logo, o mercado público de Quixadá não necessita do gerenciamento da Prefeitura, os próprios empreendedores conseguem autorregular-se e prestar um serviço de qualidade para os consumidores como os antecedentes históricos nos mostram.

Atualmente os permissionários do Mercado Central de Quixadá se encontram em grande desvantagem econômica frente aos estabelecimentos comercias privados no que se referem a salubridade, estrutura e logística, uma vez que a população consumidora de Quixadá se encontra cada vez mais exigente e o Município não possui interesse em acompanhar as mudanças de gosto dos consumidores quixadaenses, e estes em sua grande maioria optam por não consumirem no Mercado Central.

Como o Mercado é do Município, os empreendedores que trabalham naquele local não são estimulados a investirem em seu ambiente de trabalho já que não possuem a propriedade do mesmo, mas sim uma simples e precária permissão do poder municipal, caso diferente seria se cada box fosse de propriedade desses empreendedores, que cada Real gasto seria um investimento em infraestrutura e higiene do Mercado.

Somente com a privatização do Mercado Central de Quixadá que o drama vivido pelos permissionários chegaria ao fim, e poderiam concorrer em pé de igualdade com outros estabelecimentos comerciais privados, oferecendo ao quixadaense melhores produtos, bem-estar, segurança e, pelo poder criativo nato do empreendedorismo o Mercado Público seria revitalizado promovendo assim um salto social e econômico no Centro de Quixadá.

Por fim, só resta a Prefeitura deixar sua postura maléfica de intervir na economia e privatizar o Mercado Central de Quixadá, seria uma forma de empoderamento, emancipação econômica e social dos quixadaenses, já que os recursos públicos direcionados ao Mercado Central poderiam ser destinados para áreas mais importantes como saúde ou educação, e os permissionários que ali trabalham investiriam para modernizar seus boxes e melhor servir os consumidores quixadaenses.


Por: Dr Valdovir Holanda

Francisco Valdovir Holanda de Almeida é Advogado; Especialista em Direito Tributário,
Previdenciário e Trabalhista; mestrando em Educação Empresarial; Professor de Direito
Empresarial e Economia.



Deixe seu comentário

Os comentários do site Monólitos Post tem como objetivo promover o debate acerca dos assuntos tratados em cada reportagem.
O conteúdo de cada comentário é de única e exclusiva responsabilidade civil e penal do cadastrado.