Jovem quixadaense protocola denúncia contra presidente da Câmara de Quixadá e solicita que ele seja destituido do cargo

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O clima de cobrança aos vereadores de Quixadá tem aumentado nos últimos dias, sobretudo após o afastamento e a prisão do presidente da Câmara Municipal, Ivan Construções (PT). A população reivindica que o parlamentar seja destituído do cargo de chefe da Mesa Diretora da casa, uma vez que o Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) deflagrou, em abril de 2019, a operação “Casa de Palha”, que investiga um suposto grupo criminoso que fraudava licitações na Prefeitura e no Legislativo quixadaense e que tem como um dos lideres, o petista.

Um pedido de afastamento de Ivan Construções já foi feito pelos vereadores de oposição ao prefeito Ilário Marques (PT), mas a base aliada do alcaide definiu que, mesmo preso, ele deveria continuar sendo presidente do Legislativo, fazendo com que a população pague dois chefes da casa, ambos do mesmo partido político.

A situação na Câmara é de divisão.  Enquanto a base aliada do alcaide mantém os dois aliados do prefeito, a oposição, o MPCE e a população têm posição diferente. Os vereadores Cabo Marlim, Cesar Augusto, Carlos Eduardo (Dudu), Evaristo Oliveira, Louro da Juatama, Luiz do Hospital, Marcelo Ventura e Professor Damasceno protocolaram um novo pedido de cassação de Ivan do cargo de presidente; o Ministério Público solicitou à justiça o compartilhamento de áudios e documentos que comprovam os crimes cometidos por Ivan no exercício do cargo de presidente do Legislativo e a população, começa a se apoderar dos seus direitos e também a agir.

O jovem Jhonathan Oliveira, por exemplo, protocolou, no último dia 14 de novembro, denúncia, em face de Ivan Construções, fundamentado nos artigos 27 e 34, paragrafo 11 do Regimento da Câmara Municipal e no artigo 22, parágrafo quatro, da Lei Orgânica do município que trata da destituição de um dos componentes da Mesa Diretora da Câmara. Em síntese, os dispositivos legais orienta que um membro do órgão diretivo do Legislativo local será destituído pelo voto de 2/3 dos membros da Câmara, quando faltoso, omisso, ineficiente no desempenho de suas atribuições, pela má aplicação dos recursos públicos.

O denunciante disse que resolveu fazer a denúncia contra Ivan Construções por está cansado de ver o descaso com a coisa pública no município. “É necessário que nós quixadaenses tenhamos zelo pelo nosso município. Precisamos realizar o nosso papel de cidadão em fiscalizar quem fiscaliza o poder Executivo. A população cansou de ver o descaso das pessoas que deveriam ser pelo que é público. Os vereadores precisam agir dentro da legalidade e representar, de fato, os anseios da população. A nossa juventude precisa se apoderar de práticas e sentimentos e da política para construção do futuro de Quixadá”, disse Jhonathan Oliveira.

Nos próximos dias, os vereadores de oposição deverão cobrar que o presidente interino da Câmara, Denis Dutra, coloque em pauta a votação do projeto de cassação de Ivan da Mesa Diretora da casa. a base aliada do prefeito tenta ganhar tempo e justifica que não há uma comissão de ética no Legislativo, mas nada que pudesse evitar que o Regimento Interno e a Lei Orgânica fosse cumprida.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 




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