O número de casos de dengue, zika e chikungunya – doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti – cresceu em 2019. Os dados são do último Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde. No ano passado, foram registrados mais de 1,5 milhão de casos prováveis de dengue em todo o Brasil. Em 2018, o número foi de 205,7 mil. As regiões Centro-Oeste e Sudeste lideraram, no ano passado, os registros da doença. Com relação aos casos de chikungunya, os dados também preocupam autoridades, totalizando mais de 130 mil notificações. O vírus da zika representa a menor parcela, com cerca de 10 mil casos prováveis.
As causas para a alta proliferação do Aedes aegypti são diversas.
Para estados como Rio Grande do Norte, Piauí e Ceará – localizados na região Nordeste –, outro problema agrava a ação do mosquito Aedes aegypti: a falta de abastecimento regular de água. O insumo é reservado pela população em depósitos improvisados, como baldes, potes e tanques, e a consequência é a mesma: o aumento de casos de dengue, zika e chikungunya.
Os altos índices de infestação também estão associados a municípios brasileiros com saneamento básico precário, sem coleta de lixo regular e disponibilidade de recipientes, como embalagens plásticas e de vidro, em terrenos abandonados. E essa não é uma realidade exclusiva de bairros periféricos, mas também de regiões nobres, que aglomeram piscinas abandonadas ou calhas e lajes entupidas.
O Ministério da Saúde tem algumas recomendações para a limpeza dos reservatórios de água: é importante mantê-los tampados; a limpeza deve ser periódica, com água, bucha e sabão; e, ao acabar a água do reservatório, é necessário fazer uma nova lavagem nos recipientes e guardá-los de cabeça para baixo.


