Pelo 39º mês consecutivo, a Prefeitura de Quixadá tem nome na lista do devedômetro do Sindicato dos Médicos do Ceará. A gestão não demonstra valorização dos profissionais nem mesmo nesta época de pandemia da COVID-19, onde eles estão na linha de frente no tratamento das pessoas que foram infectadas pela doença.
Na última terça-feira (14), o médico Pontes Netto, que atende na Unidade de Pronto Atendimento de Quixadá (UPA), relatou ao postar uma foto em seu perfil no Facebook que os Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s) não estão sendo fornecidos para todos os profissionais. A gestão municipal, em nota, defendeu-se e o acusou de “má intensão”. O médico reafirmou, na quarta-feira (15), o que havia dito sobre em vídeo postado em suas redes sociais, informando que tinha sido “um desabafo e reivindicação de um profissional de saúde que está na linha de frente”.
Ainda no vídeo, Pontes Netto disse que mesmo após ter sido nomeado em 2019, em decorrência de sua aprovação no concurso de 2016, não recebe adicional de insalubridade. “Nós somos concursados, desde fevereiro de 2019, mas infelizmente nós não recebemos insalubridade. Todos os profissionais de saúde ou que trabalham em ambientes de alta periculosidade ou que tragam perigo para o estatutário tem que receber insalubridade”, disse.
A informação traz a tona a total desvalorização da Prefeitura de Quixadá pelos profissionais que, além de realizar o importante papel de salvar vidas diariamente, têm atuado na linha de frente no tratamento e combate a pandemia do novo coronavírus. Agora, além de atrasar os salários dos médicos prestadores de serviços, a gestão fica conhecida por renegar direitos aos concursados.
Além da gestão petista local, mais outras 11 prefeituras constam no devedômetro do Sindicato dos Médicos do Ceará, são elas: Aracoiaba, Baturité, Caridade, Catunda, Chaval, Limoeiro do Norte, Pacajus, Maranguape, Icó, Mulungu e Juazeiro do Norte.
