Monólitos Post

Na noite dessa segunda-feira (10) os magarefes que trabalham no Matadouro Público de Quixadá passaram por um grande susto quando parte do telhado do local veio abaixo e por pouco não causou uma grande tragédia. Felizmente, apesar do susto, ninguém ficou ferido no incidente. Equipes da Secretaria de Desenvolvimento Urbano, Meio Ambiente e Serviços Públicos – SEDUMASP, estiveram no local na manhã e interditaram o prédio para um trabalho de perícia técnica mais detalhado.

Vale lembrar que o prédio acima citado foi recentemente “reformado”, ainda na gestão do ex-prefeito, o petista Ilário Marques, e já teve parte de sua estrutura vindo abaixo, o que confirma que o trabalho foi feito as pressas para seu utilizada como obra eleitoreira. A empresa responsável pela obra, foi a Construtora Araújo LTDA – ME, que tem como sócio, Ricardo de Sousa Araújo, preso preventivamente juntamente com o ex-presidente da Câmara Municipal de Quixadá, Ivan Construções, na “Operação Casa de Palha”, acusados pelo próprio Ministério Público do Estado do Ceará, de fazerem parte de um grande esquema criminoso chefiado pelo antigo chefe do poder executivo, que tinha como grande propósito, assaltar os cofres públicos. Ivan Construções e Ricardo Araújo ganharam liberdade após vários meses, mas continuam sendo monitorados por tornozeleiras eletrônicas. As investigações continuam em curso e ambos já foram alvos de diversas denúncias do MPCE.

O processo licitatório para reforma do prédio foi realizada ainda no ano 2017 com valor de R$ 97.747,31 mas devido a demora para a entrega do matadouro, teve vários aditivos no seu prazo e valor, o que levanta a forte suspeita de que a obra pode ter sido mais uma vez superfaturada para beneficiar o ex-prefeito e seus aliados que mais tarde seriam presos em um dos maiores escândalos de corrupção já vistos na história da Terra dos Monólitos.

De acordo com a Prefeitura de Quixadá, a Sedumasp vai apurar se houve negligência durante a citada reforma e identificar os reais culpados por esse lamentável incidente. Caso comprovado que a reforma não foi realizada como deveria e os recursos aplicados de forma inadequada, o Ministério Público deverá ser acionado e os culpados responsabilizados pela Justiça.