O prefeito do município de Choró, Marcondes Jucá, quer realizar uma verdadeira proeza nas eleições deste ano: ele negociou seu apoio para declarar voto a, pelo menos, seis nomes, sendo três candidatos estadual e três federal. A postura de Jucá tem chamado atenção nos bastidores por sua falta de ética e reflexo de total ausência de compromisso com os candidatos, e, principalmente, com a população.
O Monólitos Post apurou a informação com fontes seguras, ligadas a Marcondes Jucá. O prefeito de Choró estaria apoiando, na disputa para deputado federal, Jucá estaria levantando em seu município as bandeiras de Júnior Mano, Iury Paredão e Domingos Neto. Já para o cargo de deputado Estadual o apoio do alcaide seria para Evandro Leitão, Bruno Pedrosa e Marta Gonçalves. E, “correndo por fora” ainda estaria o deputado Jeová Mota.
É difícil imaginar como um prefeito vai dividir os votos de sua cidade para seis, ou mais, candidatos, afinal a corrida eleitoral está apenas começando. A rigor, campanhas políticas ocorrem mediante o foco em um só candidato, mas na terra de Marcondes, ao invés de apoiar um único nome, ele quer apoiar pelo menos seis. Com menos de 10 mil eleitores no município, seria uma proeza de Marcondes saber como ele vai abordar seus funcionários, amigos e eleitores, para pedir votos a seis diferentes nomes.
Isso traz à tona uma série de conotações importantes a serem consideradas. Uma das principais é que ao agir desta maneira, Jucá enxerga a política como um balcão de negociações, e não como um elo de apoio de candidatos para que estes, caso eleitos, possam ter atenção com as necessidades do seu município.
A postura do prefeito reflete falta de ética e ausência de compromisso com a política. Isso apenas desgasta a figura política de Marcondes. Não foi à toa que ele teve uma vitória apertada na sua reeleição, ganhando com pouco mais de 600 votos de diferença do seu principal opositor no município, o empresário Cabeça de Choró.
Deputados costumam levar uma disputa política a sério. Quem possui uma postura de apoio como um negociador barato, ao melhor estilo “quem dar mais é o meu candidato”, costuma ficar à deriva. E nisso, quem sai perdendo é o cidadão, que sofre com a ausência de uma representação na Assembleia e na Câmara dos Deputados, porque seu líder municipal, o prefeito, não tem coerência e ética na política.
