O Museu Histórico de Quixadá foi criado em 27 de outubro de 1984 e recebeu o nome do artista quixadaense Jacinto de Sousa. O equipamento ocupa uma casa construída em 1922, no estilo barroco, por Raimundo Franklin, um dos autores do monumento localizado na praça da estação, bem na frente do prédio.
O acervo disponível é composto por utensílios, fotografias, móveis, documentos, arte sacra, roupas, arquivos de áudio e vídeo, maquetes e fósseis. Tombado como patrimônio histórico, o local está sob os cuidados da Fundação Cultural de Quixadá.
O Museu Jacinto de Sousa é um dos 55 do Estado cadastrados no Sistema Nacional de Museus. Até pouco tempo, era também o mais visitado do Sertão Central. Além dos turistas, caravanas escolares de todas as regiões e até de Estados vizinhos visitavam o museu. Em 2010, durante gestão do ex-prefeito Rômulo Carneiro, o prédio passou por reparos importante. Hoje, porém, a realidade do equipamento histórico, educativo, é de dar pena.
No começo do ano passado, a foça do prédio se abriu e até agora continua em exposição, coberta apenas por um plástico, gerando fedentina e proliferação de mosquitos. O teto da reserva técnica cedeu e a área está toda interditada, visto que existe ameaça de desabamento no local. O forro de algumas salas está seriamente comprometido. As portas do prédio,
como se pode ver nas fotos, estão remendadas com fita gomada. O mais grave, porém, é que esta situação de descaso impede que as atividades educativas, geralmente desenvolvidas pelas escolas em parceria com o museu, sejam desenvolvidas.
O atual gestor da Fundação Cultural de Quixadá, Gilliarde Silva, já solicitou um engenheiro da prefeitura para averiguar a possibilidade de realizar pequenos reparos. Pelo estado em que o museu se encontra, porém, a medida paliativa talvez ajude, mas certamente não será suficiente para salvar um dos mais importantes equipamentos históricos do Sertão Central cearense.
O museu é o lugar em que sensações, ideias e imagens de pronto irradiadas por objetos e referenciais ali reunidos iluminam valores essenciais para o ser humano. Espaço fascinante onde se descobre e se aprende, nele se amplia o conhecimento e se aprofunda a consciência da identidade, da solidariedade e da partilha.
Por meio dos museus, a vida social recupera a dimensão humana que se esvai na pressa da hora. As cidades encontram o espelho que lhes revele a face apagada no turbilhão do cotidiano. E cada pessoa acolhida por um museu acaba por saber mais de si mesma. Por estes e por outros motivos é tão lamentável que o Museu de Quixadá seja tratado com tanto descaso.
Veja mais fotos:
—///—









É realmente, um equipamento de cultura tão importante ser deixado de lado, é vergonhoso.