As reuniões realizadas pelos líderes
petistas em Quixadá desde a última segunda-feira, 14, serviram para mensurar o quanto a sigla ficou fragilizada após a derrota nas urnas em 2012.
Para começar, 120 pessoas foram convidadas para um encontro de formação política, mas apenas cerca de 50 compareceram ao evento, cujo objetivo principal era analisar o perfil dos candidatos na eleição deste ano.
Nota-se com muita facilidade que, embora a necessidade se imponha, o ex-prefeito Ilário Marques, Presidente do Diretório Municipal do partido, não tem conseguido oferecer renovação à sigla. O PT de Quixadá está desidratado, sem oxigenação e apresenta-se surpreendentemente frágil diante da movimentação das demais forças políticas locais.
Há tempos, Ilário vem mantendo o mesmo grupo de pessoas à frente dos trabalhos do PT em Quixadá. Embora correligionários de confiança sejam sempre fundamentais, a incapacidade do partido de oxigenar-se, de apresentar perspectivas novas, líderes novos e um jeito novo de realizar seus projetos causa preocupação à muitos filiados.
Ilário Marques é conhecido por sua liderança centralizadora, deixando para si praticamente todo o poder de decisão final sobre a maioria das questões. Essa característica parece induzir os correligionários de sua lista de confiança a agirem e falarem para agradá-lo, em vez de se posicionarem conforme seja realmente melhor para a sigla.
Numa reunião realizada na última segunda-feira entre os cabeças do partido em Quixadá, houve muito desentendimento e os ânimos ficaram mais exaltados do que o normal. Diante das manifestações de discordância acerca dos rumos que o partido vem tomando, especialmente acerca das abordagens relacionadas à campanha de Rachel Marques, houve quem ficasse ofendido ao ponto de abandonar o grupo. Diante da exaltação, alguns chegaram até mesmo a questionar se as decisões tomadas eram feitas num espírito democrático.
Higo Carlos, espécie de desafeto de Ilário dentro do PT local, Kelton Dantas, filiado ao PSC e Rosa Buriti, foram designados como coordenadores da campanha de Rachel Marques em Quixadá.
Nos bastidores da reunião, falava-se em uma “panelinha” destinada a fazer afagos a Ilário Marques, porém, com o efeito colateral de prejudicar o futuro do PT em Quixadá. Ao passo que os supostos membros da “panelinha” continuam achando que tudo está muito bem, outros atribuem a este grupo a responsabilidade por deixar o PT quixadaense praticamente engessado.
Alguns petistas cobram renovação, novas abordagens, e oxigenação. Até que ponto isto se dará, resta esperar para saber. “O dado concreto”, como diria Lula, é que o PT de Quixadá está com suas fileiras divididas e fragilizadas.
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Mais do mesmo, razão primeva da derrota petista em Quixadá. Renovar-se, construir e lançar novas lideranças é necessário e salutar para qualquer agremiação política que queira dar continuidade às suas ideias, ideologias, programas e projetos. Não é o que ocorre no PT de Quixadá, onde um grupo aferrado ao poder monopoliza o partido de tal maneira que asfixia qem tenta projetar-se. Assim a agremiação enfraquece e perde fôlego ante seus concorrentes. Lamentável que seja assim, pois muito do desenvolvimento de Quixadá deve-se à administração petista que, infelizmente, tomou rumos diversos e desagradáveis à polpulação, exatamente por falta de renovação, de novos conceitos, de mentes mais antenadas ao século XXI.