O ex-vereador Antônio Welington Xavier, o Ci, atual vice-prefeito de Quixadá, foi uma das figuras mais importantes da campanha eleitoral de 2012.
Amplamente conhecido em todo o município por sua atuação duríssima na oposição ao ex-prefeito Ilário Marques, Cí conseguiu imprimir, durante aquela campanha, sentimentos de confiança em grande parte do eleitorado. Para muitos, a inexperiência política e administrativa do então candidato João Hudson seria contrabalançada pela atuação do vice-prefeito que, no discurso oferecido ao povo, seria o companheiro mais leal e constante do prefeito.
Passados quase dois anos desde que os intentos eleitorais defendidos por João e por Cí obtiveram êxito, o vice-prefeito permanece contrariando todos os prognósticos e expectativas que o levaram ao seu posto atual.
Alvo de investigação por parte do Ministério Público e de denúncias à Justiça, Wellington Ci aparentemente tenta manter sua imagem o mais longe possível da administração desorganizada e ineficiente do prefeito João Hudson. Não se sabe se o faz para amenizar a rejeição popular em relação à gestão ou se o faz para amenizar a rejeição popular em relação a ele mesmo.
Os eleitores de João Hudson por certo esperavam maior apego e lealdade dele ao agora prefeito João, e muitos se dizem decepcionados com o a história que o político está escrevendo para si e para aquele a quem ele mais prometeu apoiar.
Apegado ao Deputado Estadual Osmar Baquit – que já anunciou publicamente sua ruptura com o prefeito João -, Ci cumpre hoje o papel de oposição pela via do desprezo. Sua atuação em relação a tudo o que acontece na gestão municipal poderia muito bem ser descrita por uma frase do candidato à presidência pelo Partido Verde, Eduardo Jorge, em um dos debates presidenciais durante a campanha deste ano, quando ele disse: “Eu não tenho nada a ver com isso.” Se pudesse, Ci talvez dissesse o mesmo em relação à gestão do prefeito João. Infelizmente para ele, não pode fazê-lo, e por uma razão simples: é um dos integrantes mais íntimos da administração e está entre aqueles com maiores oportunidades para oferecer boas sugestões ao chefe do poder executivo.
Afeito a discursos enérgicos na tribuna da Câmara Municipal, não se tem notícia de que o vice-prefeito tenha pedido, em qualquer ocasião durante estes 21 meses no cargo, para falar aos vereadores sobre qualquer assunto relativo aos interesses da população.
De fato, a atuação do vice-prefeito é quase que totalmente apagada. Por onde ele anda? Dificilmente alguém saberá responder.


