Quixadá enfrenta uma crise administrativa de extensão e profundidade sem precedentes. Parafraseando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ‘nunca antes na história deste município’ a desorganização imperou de forma tão escandalosa.
O “caos líquido”que circula por todas as veias do município que abriga a pedra da Galinha Choca é absolutamente evidente à qualquer um disposto a analisar o cenário de forma desapaixonada. Tomo a expressão “caos líquido” emprestada do trabalho de um dos intelectuais mais respeitados e produtivos da atualidade, o sociólogo polonês Zygmunt Bauman. De acordo com Bauman, os tempos são “líquidos” porque tudo muda muito rapidamente. E assim é o caos em Quixadá. Cada dia de praticamente todas as semanas um episódio novo e escandaloso vem à superfície, dando ao caos novas aparências, encaixando-o perfeitamente no conceito defendido pelo sociólogo polonês.
De fato, nem no mais ousado ou lunático sonho se pode conceber que a administração municipal, sob o suposto mando de João Hudson Bezerra, tenha dado à Terra dos Monólitos o que o slogan da prefeitura anuncia, isto é, “Novos Rumos, Cidade Próspera”. De certa forma, no que diz respeito aos “Novos Rumos”, talvez até o tenha feito, pois nenhuma administração quixadaense, desde a de Laurentino Belmonte de Queiroz, iniciada em 1871, instalou com tanta rapidez e eficiência um caos que se renova com periodicidade semanal.
Este é o contexto no qual está atuando o vice-prefeito Antônio Welington Xavier, popularmente conhecido como Cí.
Sua atuação, no entanto, é marcada apenas pela ausência dos debates e pelo completo silêncio em relação à pontos sensíveis da administração. Diante de tantas evidências de desorganização administrativa, Cí parece usar o silêncio como escudo.
Quando vereador, trabalhando junto com a oposição a Ilário Marques e Rômulo Carneiro, ele era especialmente notório por suas cobranças, fiscalização desassombrada e empenho na apuração de fatos que julgava estranhos aos interesses públicos. Defendeu como nenhum outro a abertura de CPI’s para investigar a história das gaiolas para criação de tilápias e a venda do Hotel Municipal, bem como patrocinou outras graves denúncias contra prefeitos petistas. Hoje, porém, diante do caos administrativo instalado na gestão da qual faz parte, Cí é só silêncio.
Visitante assíduo do hospital Eudásio Barroso em outras épocas, Cí prefere hoje se manter à distância daquele nosocômio. Não vê, não ouve e não sente nada que, em outros tempos, o levaria num carro de Fórmula 1 à sala do Promotor de Justiça. Diante das Operações Miragem, em 2013, em vez de encarar a promotoria de frente, fugiu, e diga-se de passagem, fugiu como nunca fugiram aqueles a quem ele sempre acusou.
Em 2014, a Justiça arquivou o processo ligado às operações miragem, dando ao político novo fôlego. As acusações do MP, porém, não foram apreciadas pela justiça. Não houve resolução de mérito e, portanto, a boa fama de Wellington Cí fica de pé pela presunção de inocência, direito assegurado constitucionalmente a todo cidadão brasileiro. Nada, porém, impede que o MP possa iniciar, em breve, novas empreitadas, o que deve manter o político em alerta máximo.
Além disso, aquela que antes era sua segunda casa, a Câmara Municipal, na qual se sentia tão livre como se fosse o senhor de toda a razão, hoje é terra desconhecida do ex-vereador. Sua atuação parlamentar anterior indicava que, quando estivesse no executivo, ele manteria uma postura mais coerente com a própria história. No entanto, a indicação era, aparentemente, falsa. O ex-vereador, tal como o próprio prefeito, tem tratado a Câmara de Vereadores como fundo de quintal, onde se vai apenas quando se tem necessidade de apanhar esse ou aquele objeto jogado em meio a tantos outros sem nenhum valor.
Relatos de que as relações entre Cí e o Prefeito João andaram estremecidas nos últimos dias circularam nas redes sociais e em parte da imprensa quixadaense. Um portal de notícias local chegou a afirmar em matéria publicada no dia 05 de março, que “o ex-vereador e atual vice-prefeito Cí é praticamente excluído das decisões” do poder executivo. Cí é fortemente ligado ao Deputado Osmar Baquit, e nada garante que a união do grupo liderado pelo Deputado – grupo do qual o vice-prefeito faz parte -, e o grupo do próprio prefeito, se manterá firme após as eleições de outubro.
Incertezas quanto ao futuro postas à parte, o que todos se perguntam mesmo, diante da crise que se abateu sobre Quixadá, é o seguinte: afinal de contas, por onde anda o vice-prefeito?
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E viva o nosso prefeito, o segundo pior do país. Só isso.
É amigo, coisa mais fácil do mundo criticar, lá dentro com dinheiro correndo, eiê é outra história. Buuuuuuuuuuuuuuufo.
se o povo colocou o mesmo povo pode expulsa-los, vamos povo de quixadá deixem de serem covardes e omissos bando de alienados!!!
Agora a população de Quixadá não poderá mais se enganar. Novos rumos terão mesmo que ser seguidos, novos ventos de justiça e posperidade deverá ser seguido pela população. Devemos esquecer tudo que for de patifaria, evitar o parasitismo e aniquilar essas forças do atraso.
Quero parabenizar pelo excelente texto..eles( joão,ci,etc….) conseguiram fazer uma administração pior que a do romulo carneiro..
mau peito ta apertado com pena de quixada..o povo tem que começar a se reunir, protastar, pq ate quando vamos ficar nesta bagunça???????????