Em maio deste ano, este site publicou matéria intitulada “Cunha não tem legitimidade moral para exercer os direitos de sucessão presidencial“.
Naquela ocasião, o texto escrito por Gooldemberg Saraiva afirmou o seguinte: “Motivos não faltam para que Cunha saia não somente do cargo que ocupa, mas também do cenário da política brasileira.” Acrescentava, além disso, que “este moço merece toda a reprimenda que a Lei lhe puder dar. Ele e toda a canalhada de terno do Distrito Federal.”
A Câmara dos Deputados decidiu na noite de segunda-feira (12) cassar o mandato do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), acusado de ter mentido ao afirmar que não possuía contas no exterior em depoimento na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Petrobras no ano passado. Assim, Cunha perde o mandato e fica inelegível por oito anos devido à Lei da Ficha Limpa. Ele também perde o foro privilegiado e pode ser julgado pelo juiz Sergio Moro.
A cassação foi aprovada por 450 votos a favor, 10 contra e 9 abstenções; 470 deputados participaram da sessão, incluindo o presidente da Casa, que só votaria se houvesse empate. Ao deixar o plenário após a votação, Cunha ouviu gritos de “adeus, Cunha” e “fora”.
O agora ex-deputado disse que, mesmo depois de cassado, não irá aderir às delações premiadas da Operação Lava Jato. Ele é réu em dois processos que apuram sua participação no esquema de cobrança de propina em obras de empresas estatais.