Reforma ortográfica, um ano depois

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No mês em que a reforma ortográfica da língua portuguesa completa um ano desde sua adoção em janeiro de 2009, seus impactos permanecem tímidos na população brasileira.

O tratado que envolve os países da comunidade lusófona (Brasil, Portugal, Angola, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Guiné-Bissau e Timor Leste) fez diversas alterações ortográficas, tais como a extinção definitiva do trema e a subtração do acento circunflexo para verbos no plural como, por exemplo, crêem e vêem, além da inclusão das letras ‘k’, ‘w’ e ‘y’, no alfabeto português (veja, no rodapé da matéria, o que muda na língua).

A proposta do acordo, assinado em 1990, é acabar com as diferenças existentes entre os países da comunidade e assim criar uma relativa padronização do idioma.

A adoção das novas regras deverá ser feita obrigatoriamente até dezembro de 2011, o que significa que, a partir de 2012, a ortografia antiga será definitivamente abandonada.

Há, portanto, um período de transição, para que todos possam se adequar. As mudanças acarretadas pela nova ortografia provocaram polêmicas. Para muitos, a língua que já era difícil, teria ficado mais complicada.

Se no dia-a-dia e nas salas de aula é difícil mensurar até que ponto as mudanças ortográficas propostas pelo novo acordo tiveram, no mercado editorial o cenário é ainda mais vago.

A Abrelivros (Associação Brasileira das Editoras de Livros) não tem nenhum dado ou pesquisa que indique objetivamente as consequências que o novo acordo ortográfico tiveram sobre as vendas. Beatriz Gellet, gerente executiva da Abrelivros, garante que todos os novos lançamentos já foram adequados às regras sem problemas. “Todos os livros lançados pelas editoras do começo do ano passado para cá, foram devidamente adaptados à nova ortografia, principalmente os livros de língua portuguesa e os dicionários”, declara ela.




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