Apesar dos investimentos na segurança, a violência cresce

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Apesar dos grandes investimentos na área de segurança pública em nosso estado, o cidadão se sente cada vez mais desprotegido e amedrontado pelos índices crescentes de criminalidade.

Como explicar altos investimentos onde tem o objetivo de melhorar e ao contrário do que se espera a coisa piora, se complica.

Será má aplicação dos recursos? Será falta de estratégia para se combater esse mal repugnante e devastador? Será falta de incentivos aqueles designados para proteger ao cidadão? Será a falta de parcerias? E os municípios não poderiam colaborar?

Muitos prefeitos se defendem em momentos críticos alegando que a obrigação de investimentos na área de segurança publica é somente do Estado.

Citam previsão da Constituição Federal como se quisessem lavar as mãos diante do problema que preocupa principalmente o cidadão das médias e pequenas cidades, como é o caso da nossa Quixadá e outras 11 cidades que estão jurisdicionadas ao batalhão provisório localizado estrategicamente em nossa cidade.

Em épocas de eleições para prefeito, muitos candidatos apresentam suas propostas e demonstram interesse em não só discutir, mas também assumir parte da responsabilidade, para que o problema seja solucionado mais rapidamente.

Eleitos os prefeitos nada cumprem daquilo que bradaram em palanques. Quando os prefeitos entenderem que segurança pública é parte importante no processo do tripé — segurança, educação e saúde — vão criar guardas municipais e dar condições para elas colaborem com o estado na tentativa de diminuir o alto índice de violência que a cada ano cresce de uma forma gigantesca.

Os números estão ai para comprovar. Sendo assim segurança pública não é obrigação só do estado, mais também daqueles prefeitos que nutrem pelo seu povo um mínimo de respeito.

Será que a causa da crescente onda de violência urbana, não é conseqüência natural, onde o descaso com a coisa pública, os sucessivos desmandos, onde sempre prevaleceu o mercado e não o indivíduo, enquanto ser humano?

A violência urbana pode ser entendida também como sendo decorrente da descrença das instituições. Para ilustrar podemos citar dois exemplos claros e óbvios na boca do povo: a morosidade da justiça e a “certeza” da impunidade de quem possui poder aquisitivo.

Uma coisa é certa: soluções para as questões da violência existem. A grande pergunta é: existe vontade política para combatê-la?




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