Água encanada chega a zona rual

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A comunidade do Sítio Cachoeira, na zona rural do município de Senador Pompeu, comemora a chegada de um importante serviço básico: água encanada nas torneiras de suas casas.

Uma conquista e tanto para a família de Francisco Antônio da Silva e outros 250 moradores daquela localidade, situada a 26km da sede do município.

Associado à energia elétrica e à telefonia celular, o sistema de abastecimento adutor, implantado por meio do Projeto São José, assegura a elas a comodidade encontrada geralmente nos grandes centros urbanos.

Lavar as mãos, as louças, tomar banho e enxaguar a roupa não é mais um tormento. O cambão, utilizado no transporte de água, está sendo encostado. “Um grande peso é tirado das costas da gente”, comenta aliviada a agricultora Irene Nogueira, 58 anos. Ela lembra dos tempos da lamparina e das léguas de caminhada para garantir o asseio. Melhor sorte para os filhos. Além de terem a televisão como entretenimento, não precisam mais usar a cuia. Preocupação, apenas para não desperdiçar a água.

Já entre os moradores de São Gerardo, a 36km do Centro de Madalena, a preocupação é sobre a conclusão da obra para implantação da rede de distribuição. Não há nenhuma definição de quando terão água encanada. O líder comunitário Juarez dos Santos está ansioso para ver a água nas torneiras de sua comunidade.

Alguns vizinhos, os mais religiosos, estão até fazendo promessa. Para ele, o milagre está nas mãos do secretário de Desenvolvimento Agrário, Camilo Santana. Liberando os recursos, para realização da segunda etapa, nos próximos 90 dias mais 50 famílias vão “pular de alegria”.

De acordo com o articulador comunitário e fiscal regional do Projeto, Higo Cavalcante, outras 80 comunidades do Sertão Central aguardam ansiosas a chegada da rede de abastecimento.

Nos últimos três anos, na região, 60 delas passaram a contar com o serviço básico. Ele destaca sua unidade como responsável pela elaboração da maior quantidade de projetos dentre os oito escritórios regionais espalhados pelo Estado. O sucesso, assegura Cavalcante, está na proximidade com os anseios da população rural. A água é essencial.

Esse é exatamente o pensamento do presidente da Associação de Moradores do Serrote Branco, em Quixadá. Ele não esconde o desejo de contar com o benefício o mais rápido possível. Mais ainda a esposa, Maria Lúcia. Assim como ela, outras 75 agricultoras, donas-de-casa, não veem a hora de acabar o sofrimento. São obrigadas a apanhar água, ruim, num barreiro, a mais de 3km de distância.

Não entendem a demora do início das obras. O poço profundo fica na vila. Resta apenas a liberação dos recursos. Por enquanto, água, somente na lata. Quanto à demora, o represente da unidade regional de Quixadá justificou haver a necessidade de renovação do convênio do Governo do Estado com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Todavia, mesmo antes do fechamento da parceria com o BID, o governador Cid Gomes deverá anunciar a liberação de R$ 20 milhões para as obras do projeto assistencial. “A divulgação deverá ocorrer no dia 19 de março, dedicado a São José, padroeiro do Ceará”, completou.

Conforme o técnico da Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) e supervisor regional do Projeto São José, Iran Freitas, o benefício chega aos povoados rurais por meio de recursos do Governo do Estado e BID. Os investimentos são disponibilizados pela SDA e Secretaria das Cidades. A Cagece é responsável pelo desenvolvimento, gerenciamento e fiscalização das obras.

Cabe também à Cagece a implantação do sistema de abastecimento. Em 2009 foram investidos R$ 10,6 milhões no Projeto São José.

MAIS INFORMAÇÕES

Projeto São José
Unidade Executora Regional
(88) 3445.1046
Sertão Central

Fonte: Alex Pimentel – Diário do Nordeste




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