Cirilo defende ações do Governo para minimizar efeitos da seca verde

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O deputado Cirilo Pimenta (PSDB) defendeu na sessão desta quinta-feira (25/02), ações do Governo do Estado para minimizar os efeitos da chamada seca verde.

Ele ressaltou que a Funceme vem prevendo chuvas irregulares abaixo da média, o que já está provocando a seca em algumas regiões do Estado. Em muitos lugares, relatou Pimenta, a vegetação está verde, mas os agricultores sequer plantaram em razão da pouca quantidade de chuva, o que caracteriza exatamente a seca verde.

Pimenta sugeriu que a Comissão de Agropecuária e Recursos Hídricos da Assembleia Legislativa realize audiência pública com órgãos do Governo, com agropecuaristas, prefeitos municipais e sindicatos de agricultores para discutir alternativas para o combate à seca. “É importante que, na Comissão de Agropecuária, já começamos a discutir essa questão para que algumas medidas possam ser tomadas e possamos evitar transtornos maiores. É preciso que tenhamos um plano alternativo, emergencial para manter essas famílias no Interior, senão a tendência é cada vez haver mais migração para a Capital”, defendeu.

O deputado voltou a afirmar que achou precipitada a decisão do Governo de abrir as comportas do Castanhão, em razão do receio de que a quadra chuvosa fosse muito forte.

No entanto, essa decisão foi revista e as comportas foram fechadas ontem. “A medida foi precipitada, mas reconheceram e corrigiram o erro que poderia ser cobrado mais na frente”, disse.

Outra preocupação trazida por Cirilo Pimenta é com relação à bacia leiteira do Estado. De acordo com o deputado, o litro de leite era vendido, há seis meses, por R$ 0,82 e, atualmente, está sendo comercializado a R$ 0,35.

Enquanto isso, os insumos para a manutenção do rebanho aumentaram de preço. “A bacia leiteira vive talvez a maior crise dos últimos anos, estou com medo que venha a acontecer o mesmo que aconteceu com o algodão há 40 anos atrás”, disse.

Ele defendeu ainda que o Governo crie barreiras sanitárias para impedir a concorrência desleal de produtos derivados do leite que entram no Ceará, ilegalmente, de estados como Pará e Maranhão. “Esses produtos entram sem nenhuma inspeção, fiscalização, são embalados aqui e chegam ao mercado para concorrer com os produtos cearenses, sem pagar impostos”, reclamou.

Em aparte, os deputados Luiz Pontes (PSDB) e Vasques Landim (PR) concordaram com as preocupações do colega. “A Funceme está prevendo inverno fraco, nossa região do Cariri, historicamente, é a que primeiro chove e o que vemos hoje é que estamos no verde, mas sem chuva, não tem produção nem nada”, contou Vasques.

Já o líder do Governo, deputado Nelson Martins (PT), lembrou que o Estado está investindo cerca de R$ 730 milhões em ações de combate à seca. Além disso, está comprando leite de produtores cearenses para doar a 54 mil famílias e escolas da rede estadual.

Outra iniciativa do setor, citada por Nelson, foi a reestruturação da Adagri, que já conseguiu importantes avanços no combate à febre aftosa.




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