Acusados de tortura em Iguatu são indiciados

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Os sete homens apontados por torturar um jornalista e outros quatro jovens no município de Iguatu, a 384 quilômetros de Fortaleza, foram indiciados pelo delegado regional de Iguatu, Agenor Freitas de Queiroz.

De acordo com o inquérito policial (065.2010), remetido à Justiça, na última quarta-feira, juntamente com o pedido de prisão preventiva, os acusados foram indiciados nos artigos 129, 148 e 163, referentes à lesão corporal, sequestro/cárcere privado e dano triplamente qualificado do Código Penal Brasileiro (CPB).

Os acusados são: o chefe de gabinete do município, Theogenes Martins Teixeira Florentino; Francisco Aldemir Alves Amorim, servidor municipal; Cicero Santiago Alves de Lima, Francisco Itailton Neves, Juliene Bernado da Silva, Antonio Zilmar da Silva e o sargento, Francisco Assis Alves Bandeira.

Após investigação, o delegado Agenor Freitas entendeu que houve materialidade do fato. “Os indiciados negam os crimes, assim como terem levado os vitimados aos locais mencionados; mas os indícios trazidos aos autos são consistentes”, revelou o relatório encaminhado à Justiça.

O fato aconteceu no último dia 11, às 23h30min. Os jovens distribuíam panfletos com uma denúncia feita pelo MPF (Ministério Público Federal) contra o prefeito do município, Agenor Neto (PMDB) e o deputado estadual, José Ilo, por fraudar 700 carteiras no seguro-desemprego.

A Comissão dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa foi acionada e deverá encaminhar junto ao Ministério Público Estadual um parecer sobre o fato.

O jornalista e os jovens foram abordados pelos acusados no Centro da cidade, iniciando a sessão espancamento, utilizando capacetes e cinturões, sem terem como se defender e impedindo-os de distribuir o material.

Segundo relato das vítimas, eram em média oito pessoas em três veículos e duas motos.

O caso está sob análise judicial e, até o final da semana, os acusados devem ser capturados.

Fonte: Jornal O Estado




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