Frank Aguiar abre o coração: “Enfrentei preconceitos por ser nordestino”

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Cantor fala das dificuldades do início da carreira e dá detalhes do filme sobre a sua vida

As gravações do filme Sonhos de Um Sonhador – A História de Frank Aguiar foram retomadas na semana passada e, em mais três semanas, devem estar concluídas. O cantor tem acompanhado de perto as filmagens está muito feliz com o resultado.

– Está simplesmente maravilhoso, surpreendendo a cada cena. Mas não posso comentar muito, senão tiro a expectativa da moçada. Mas pode ter certeza que será um dos maiores filmes brasileiros em termos de sucesso. Tenho me preocupado muito como texto, roteiro, cenas. Os brasileiros necessitam assisti-lo para que se estimulem a acreditar nos seus sonhos. Neste filme, o protagonista Francineto fazia o possível e mais um pouco para ver seus sonhos se concretizarem.

Embora não queira adiantar detalhes sobre o filme que conta sua vida, ele comentou sobre o início de sua carreira em São Paulo.

– Enfrentei preconceitos por ser nordestino. Nas rádios tiravam onda com esse sotaque forte. Mas ia no meu discurso, falando sério e percebiam que eu era um cara que sabia o que queria. Mas acho que o preconceito principal era de mercado, havia só duas casas para fazer show e forró não era curtido por todas as classes. Nordestinos não tinham esse respaldo maior. Tinha alguma restrição. Mas não mudei o discurso, sempre falei do orgulho de nascer no nordeste. Depois esse tabu foi quebrado.

Frank Aguiar saiu da Itainópolis, no Piauí, com pouco mais de 20 anos para tentar a carreira como cantor no sudeste do país. Depois de superar preconceitos e se firmar como artista, ainda teve fôlego para ingressar na carreira política e hoje também é vice-prefeito da cidade de São Bernardo, em São Paulo. Frank é formado em música pela Universidade Federal do Piauí, em Direito e, atualmente, faz mestrado em administração. Além de cuidar pessoalmente de todos os detalhes do filme sobre sua vida, ele também se prepara para concorrer ao cargo de deputado federal por São Paulo.

O músico não gosta de revelar detalhes o filme. Mas com alguma insistência, ele deixou escapar algumas das cenas que farão parte da película.

– Eu colava os cartazes dos meus shows, os lambe-lambes, nos postes e muros de São Paulo. Cheguei a ter pneumonia porque era muito frio, tossia muito. Você vem de 40 graus do Piauí para a madrugada fria de São Paulo e fica a noite toda colando cartazes na rua deu nisso. Essa parte está no filme.

O músico também falou de outra passagem em sua vida que foi muito marcante e será contada no filme.

– Eu comprei financiado alguns instrumentos e fui fazer um show. Coloquei tudo na caçamba de um carro e rumei para a cidade. Mas não notei que, no meio do caminho, os instrumentos foram caindo todos pelas ruas. Quando vi, voltei e vi os instrumentos despedaçados, queria pegar como se fossem um pedaço da minha carne. Eu tinha show para fazer e estava no meio do caminho. Poderia simplesmente ter voltado para casa. Mas fui para a cidade, arrumei um microfone na igreja, um amplificador na rádio, um teclado com mais alguém e, na hora do show, eu estava lá, no palco, sorrindo como se nada tivesse acontecido. Se você tiver força e determinação enxerga a luz no fim do túnel. O filme é motivador, mas também tem muito humor.

Fonte: R7




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