Polícia liga Eunício a mensalão do DEM

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O jornal Folha de São Paulo, numa reportagem de Felipe Coutinho e Fernanda Odilla, desta terça-feira, inclui o deputado federal Eunício Oliveira no inquérito da operação Caixa de Pandora.

Segundo a reportagem a polícia suspeita que uma empresa de Eunício se beneficiou do esquema que desviou dinheiro público e distribuiu propinas no Distrito Federal, e que levou à prisão do governador agora cassado José Roberto Arruda (sem partido).

O documento cita quatro vezes o nome de Eunício e oito vezes os de empresas das quais ele é sócio.

Como deputado, Eunício tem foro especial. Para que ele seja alvo da polícia, é preciso que o inquérito da Caixa de Pandora receba a chancela do Supremo Tribunal Federal.

As suspeitas da PF giram em torno de uma autorização de pagamento a uma das empresas de Eunício, a prestadora de serviços de limpeza Manchester. A verba foi liberada por Gibrail Gebrim, ex-funcionário do governo e apontado como operador do mensalão na Secretaria de Educação do DF.

Eunício é da ala governista do PMDB. Foi ministro das Comunicações de 2004 a 2005 e é pré-candidato ao Senado.

O delator do mensalão do DEM, Durval Barbosa, já havia entregue à PF um vídeo em que deputados do PMDB eram citados como beneficiários do esquema. Entre eles, o presidente da Câmara, Michel Temer.

Eunício Oliveira disse não haver razão para investigá-lo. “Desafio a polícia ou qualquer um a dizer que pedi dinheiro ou que paguei [propina].”

Dono de 50% da Manchester, suspeita de ter sido beneficiada no mensalão do DF, ele disse que desde 1998 está afastado do comando da empresa e que tem certeza de que não houve irregularidade na execução do contrato.

Nelson Neves, da Manchester, negou ter sido favorecido pelo governo. Afirmou que o primeiro pagamento saiu em dezembro, “com atraso”.




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