Deputado alerta o governo sobre a situação da Santa Casa

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O deputado Heitor Férrer (PDT) alertou, na sessão plenária desta terça-feira, dia 04, da Assembleia Legislativa, sobre a greve iminente da Santa Casa de Misericórdia de Fortaleza.

Conforme o pedetista, caso não haja um socorro urgente, as cirurgias deixarão de ser realizadas a partir desta sexta-feira, dia 07.

O parlamentar cobrou do Governo do Estado um repasse mensal de R$ 100 mil para socorrer a instituição.

Heitor Férrer ponderou que a Santa Casa recebe pacientes de todo o Estado, por isso o Governo deve “acenar para uma ajuda mais concreta”. Segundo o pedetista, o Governo pouco ajuda o Instituto José Frota (IJF), que recebe do Tesouro do Estado R$ 600 mil ao mês, diante de um gasto total de R$ 14 milhões.

Agora, conforme ressaltou, está se omitindo perante a greve iminente dos cirurgiões da Santa Casa. “Quem vai ter o prejuízo pela insensibilidade do governante é o pobre cidadão internado na Santa Casa”, lamentou.

O pedetista comparou o que o Governo do Estado gastou com eventos em um período de seis meses ao valor que a Santa Casa precisa para continuar realizando cirurgias.

Segundo ele, de outubro de 2009 a março de 2010 o Governo – “que não quer dar R$ 100 mil a Santa Casa” – gastou com bandas de música R$ 13,2 milhões. “Totalizaria R$ 1,2 milhões por ano. O equivalente a 10% do que se gastou em seis meses com contratação de bandinhas”, ressaltou.

O parlamentar também chamou atenção para os repasses que o Estado vem fazendo para entidades sem fins lucrativos. Em 2008, foram R$ 216 milhões e em 2009, R$ 500 milhões. “Um governo que repassa para entidades privadas R$ 500 milhões por ano não tem sensibilidade, em um momento de crise, para dar 100 mil reais por mês”,criticou.

O vice-líder do Governo na Casa, deputado Roberto Cláudio (PSB), respondeu as críticas do pedetista. De acordo com ele, o secretário de Saúde do Estado, Arruda Bastos, busca uma solução definitiva para o problema.

A ideia é transformar a instituição em um hospital pólo, a exemplo do Hospital Universitário Walter Cantídio. No entanto, Heitor frisou que a situação é emergencial e que pacientes poderão morrer até que essa solução definitiva seja efetivada.




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