Os poucos ônibus que rodaram não respeitaram os 60% determinado pela Justiça: paradas lotadas
SÃO LUÍS – Grande parte dos ônibus, em São Luís, ficaram parados nas garagens no primeiro dia da paralisação dos motoristas, cobradores e fiscais. A determinação da Justiça do Trabalho de 60% da frota ficar em atividade não foi cumprida pela categoria. Contudo, de acordo com o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo (SET), há alguns ônibus rodadando das empresas Gonçalves, Matos, Maranhense, Pelé, Primor, Taguatur entre outras. Durante a manhã, alguns ônibus que sairam das garagens para circular tiveram que retornar, e outros foram depredados.
Há informações de que, pelo menos, cinco ônibus, que faziam linha para o Maiobão, foram depredados nesta manhã, entre eles, uma da empresa Maranhense. O SET informou ao Imirante que os prejuízos das empresas com os atos de vandalismo ainda estão sendo contabilizados e listados. A quantidade e quais os ônibus foram quebrados serão informados no fim do dia.
A paralisação gera transtorno para os usuários do transporte coletivo de São Luís. Muitos recorreram ao transporte alternativo para chegar ao trabalho.
O Superintendente do Sindicato dos Transportes Coletivos de São Luís (SET), Luiz Cláudio Siqueira, atribuiu a culpa o caos desta segunda-feira (17) aos rodoviários, pelo fato da maioria dos ônibus permanecer nas garagens das empresas, descumprindo a determinação da Justiça do Trabalho, que exige a circulação pela cidade de 60% da frota de ônibus.
O presidente do Sindicato dos Rodoviários, Dorival Silva, disse, em entrevista à rádio Mirante AM, que os ônibus não saíram das garagens por determinação dos empresários temendo quebra-quebra.
Nesta manhã, ocorreu uma reunião fechada apenas com a classe empresarial do setor de transporte coletivo. Mas, mesmo antes da reunião acabar, o SET foi chamado para uma reunião entre o Ministério Público do Trabalho (MPT) e Sindicato dos Rodoviários. Agora, eles estão reunidos no Tribunal Regional do Trabalho.
Esclarecimento SMTT
Em nota à imprensa, a Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT) disse que, em relação ao não cumprimento da determinação judicial, “estranha a posição da categoria, pois sempre se dispôs a colaborar na mediação de conflitos entre as partes, conforme ocorreu em janeiro deste ano”.
A secretaria afirmou, ainda, que as negociações devem ser feitas apenas entre patrão e empregado, mas que está acompanhando as negociações para resguardar os interesses da população.
A SMTT informou que confirmou, por meio do Sistema de Bilhetagem Eletrônica, que os 60% da frota de ônibus que deveriam circular foram para as ruas e que está solicitando providências do TRT.
Fonte: Gterra