O deputado Osmar Baquit (PSDB), classificou como “precipitadas” e “desonestas” as declarações feitas pelo ex-presidente estadual do PT, Ilário Marques, em relação ao governador Cid Gomes (PSB).
Ele disse que o socialista tem tratado os petistas a “pão e água” e, por conta disso, defendeu o rompimento da aliança entre os partidos. Ele afirmou também que Cid só foi eleito prefeito de Sobral, em 2004, e governador, em 2006, por conta do apoio do PT.
No caso de cisão, chegou a indicar os nomes do deputado Artur Bruno e do deputado federal José Pimentel para a sucessão estadual deste ano.
Para Baquit, a fala de Ilário retrata o interesse do ex-presidente dos petistas apenas em cargos dentro do Executivo. “Ele queria ser o interlocutor do PT dentro do Governo. Mas não é. E não é porque não é confiável. É o tipo de homem que conversa com você pegando na mão e, na outra, tem uma faca”, acusou.
Segundo o tucano, nenhum outro membro do PT replica o discurso de Ilário, que teve críticas até à atual presidente do partido, Luizianne Lins. “Ela foi eleita por unanimidade e, agora, ele vem a público desautorizá-la. Ter opinião divergente é natural e até engrandece o debate, mas isso é demais”, argumentou Baquit.
Em aparte, o deputado Fernando Hugo (PSDB) também criticou Ilário Marques. Conforme ele, antigamente, o petista não condenava os partidos que negociavam cargos e, hoje, levanta a bandeira da prática. “O Ilário não está na sensatez comportamental psíquica. Não tem vergonha política de dizer que o próprio partido está como que mendigando ao governador”, pontuou.
Já Artur Bruno classificou a postura do PSDB de criticar o PT como “tensão pré-eleição”. Para o deputado, a opinião de Ilário não representa o pensamento de todos os petistas, que, de acordo com ele, preferem permanecer ao lado de Cid para a disputa pela reeleição.
“E estamos reivindicando duas posições. Estamos sendo transparentes”, finalizou, referindo-se aos cargos de vice-governador e senador da chapa de situação.
