Inquérito que apura caso de sequestro em Juazeiro é enviado a justiça

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O inquérito que apura o sequestro e tortura contra o jornalista Gilvan Luiz, ocorrido no dia 20 de maio deste ano, foi encaminhado a justiça na tarde de ontem, com pedido de três prisões preventivas.

O delegado Levi Gonçalves Leal solicitou a custodia preventiva de Ademilton Alves Vieira, proprietário do veículo Corola usado na ação delituosa e dos guardas municipais Cícero Secundo Sampaio e Regilâneo Pageo, ambos seguranças do prefeito de Juazeiro do Norte.

O delegado disse que mais dois guardas municipais e dois civis podem está envolvidos no crime, um deles como mandante.

Durante a entrevista coletiva que concedeu na tarde de ontem, onde todos esperavam que o nome do autor intelectual fosse revelado, o delegado Levi Leal afirmou que no momento não tem duvidas quanto os autores materiais do crime e está na dependência da quebra do sigilo telefônico solicitado e aprovado pela justiça, para indiciar o restante dos envolvidos, inclusive o autor intelectual.

O processo já conta com 308 folhas e foram ouvidas até agora 42 pessoas. O delegado disse que estará remetendo uma cópia do inquérito a Comissão dos Direitos Humanos da Assembleia Legislativa.

Indagado sobre o possível envolvimento de um policial militar que comanda a segurança do prefeito, Levi Leal assegurou que vai chegar as informações prestadas por ele durante o depoimento e aguarda a quebra do sigilo telefônico para checar o álibi apresentado pelo militar. “Eu asseguro a todos vocês que tenho me empenhado ao máximo nesse inquérito e que as investigações estão bem adiantadas. Vamos denunciar todos os culpados, doa a quem doer”, disse o delegado, ressaltando que “três pessoas estão indiciadas e com preventivas pedidas. O restante é uma questão de tempo”.

O jornalista Gilvan Luiz edita quinzenalmente o jornal “Sem Nome”, que, na maioria das matérias, vem com severas críticas a administração do prefeito petista de Juazeiro do Norte, Manoel Santana.

No dia 20 de maio deste ano, ao sair da sessão da Câmara Municipal, Gilvan foi abordado por três pessoas encapuzadas que o colocaram num veiculo Corola e começaram a espancá-lo.

O fato foi comunicado a polícia que fez um cerco imediato, forçando os sequestradores a liberar o jornalista e abandonar o veículo.

De posse do veículo a policia chegou ao seu proprietário e conseguiu prova suficientes para chegar inicialmente aos dois seguranças do prefeito Santana, acusados de sequestro e tortura. Gilvan vinha sendo seguido desde cedo por dois guardas municipais, segundo apurou as investigações.

Fonte: Roberto Bulhões




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