Em Fortaleza, onze pessoas foram presas nesta quinta-feira, 12, resultado da Operação Canal Vermelho, deflagrada para reprimir crimes de contrabando, descaminho e homicídios, praticados por uma organização criminosa em Fortaleza.
Entre os presos está o iraniano Farhad Marvizi, líder da organização, dono de lojas de eletroeletrônicos em três shoppings em Fortaleza. Dois PMS envolvidos também foram presos.
O sargento Jean Charles da Silva Libório é acusado de realizar execuções em nome dos interesses da organização criminosa. O outro, Cláudio Nascimento Cardoso, fazia a segurança da família de Marvizi. Sua participação nos crimes cometidos ainda é investigada.
Há indícios de que o grupo seja responsável direta ou indiretamente por, pelo menos, 11 execuções nos últimos dois anos. O inquérito aponta relação do grupo com o assassinato do casal Carlos José Medeiros Magalhães e Maria Elizabete Almeida Bezerra, ambos empresários, mortos no dia 2 de agosto desse ano. Na época do crime, a polícia cogitou que tivesse sido latrocínio.
Outro homicídio relacionado ao grupo foi de Francisco Cícero Gonçalves. Ele é apontado como um dos homens que teriam tentado matar o auditor da Receita Federal José Jesus ferreira, ocorrida em dezembro de 2008, a mando do grupo.
As investigações partiram do Inquérito Policial que apura a tentativa de homicídio contra o auditor. Segundo consta, as suas ações de fiscalização e apreensão de mercadorias, provenientes de contrabando e descaminho, estavam prejudicando os trabalhos da organização criminosa.
Ainda de acordo com as investigações, o iraniano mandava os policiais militares ou pessoas por eles recrutadas executarem pessoas que prejudicassem ou interferissem na organização.
Fonte: O Povo