Começou por volta das 13h30min desta quarta-feira (25) ojulgamento de Antônio Carlos dos Santos Xavier, o “Casim”,32, acusado de raptar, estuprar, matar e ocultar o cadáver de Alanis Maria Laurindo Oliveira, de 5 anos. Após sorteio, o júri é formado por 4 mulheres e 3 homens. A mãe da criança assassinada, passou mal e foi retirada do local, mas retornou ao salão às 16h30min.
Durante o depoimento, o réu se mostrou frio e relatou detalhadamente como raptou, estuprou e matou a pequena Alanis. Ele ainda confirmou que manteve relações sexuais com a criança até mesmo depois dela ter morrido. Em seguida, a promotora Alice Iracema Melo realizou por cerca de uma hora a acusação de “Casim”.
O defensor público João Irton Veloso Frota realizou a defesa de Antônio Carlos, e buscou convencer os jurados de que “Casim” sofre de poblemas mentais. A promotota Alice Iracema voltou a defender a tese de que o réu não tem nenhum problema psicológico e mencionou a presença da equipe do Barra Pesada.
Cerca de 30 policiais militares, lotados no Batalhão de Polícia de Choque (Bpchoque), fazem a segurança extra dentro e no entorno do Fórum Clóvis Beviláqua, em Fortaleza.
O coronel Batista Santos, comandante do Bpchoque, informou ao Jangadeiro Online que os policiais chegaram ao Fórum duas horas antes do início do julgamento e que serão utilizadas quatro viaturas, cada uma com quatro homens. O patrulhamento a pé, segundo ele, será feito por aproximadamente 12 policiais. O coronel disse, ainda, que vai acompanhar o trabalho de perto. “Além disso, tem o comandante da equipe. Isso deve fazer com que tenhamos 30 homens do batalhão no local, além dos policiais que já trabalham na segurança do Fórum”, acrescentou.
O comandante do Bpchoque, apesar de saber que o crime teve grande repercussão, acredita que tudo transcorrerá de maneira tranquila, porém destaca que o reforço na segurança é necessário.
Segundo a assessoria de imprensa do Fórum Clóvis Beviláqua, foi colocado um segundo telão, que ficará no auditório Agenor Studart, com 85 lugares, que serão preenchidos por ordem de chegada. A direção do Fórum reservou 40 lugares para os familiares de Alanis Laurindo.
O julgamento é realizado no 1° Salão do 2º Tribunal do Júri. “Casim” é acusado dos crimes de homicídio triplamente qualificado (por motivo torpe, meio cruel e dissimulação), estupro de vulnerável e ocultação de cadáver. Se condenado por todos os delitos, a soma das penas pode chegar a quase 50 anos de reclusão.
