PSDB pedirá ao Ministério Público para investigar o programa Segundo Tempo

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O PSDB prepara uma representação ao Ministério Público Federal (MPF) na qual pedirá a investigação de irregularidades no Programa Segundo Tempo.

Reportagens publicadas pelo jornal “O Estado de S.Paulo” mostraram que o projeto do Ministério do Esporte serve para gerar dividendos eleitorais e financeiros ao PC do B em todo o país.

Além disso, a ONG Bola Pra Frente, dirigida pela ex-jogadora de basquete Karina Rodrigues, filiada ao partido, cobra R$ 15 por aluno para implantar o projeto do governo federal em municípios de São Paulo.

A ONG mantém um contrato de R$ 13 milhões com o ministério. Somente em 2010, teriam sido distribuídos R$ 30 milhões a ONGs de dirigentes e aliados do partido do ministro da pasta, Orlando Silva.

O jornal paulista esteve em São Paulo, Piauí, Santa Catarina, Brasília e Goiás e flagrou entidades de fachada recebendo recursos, núcleos esportivos fantasmas ou em condições precárias.

Os deputados Antonio Carlos Mendes Thame (SP) e Vaz de Lima (SP) repudiaram a falta de controle da gestão do PT sobre os convênios. Para Thame, a sociedade precisa dar uma resposta diante desta denúncia. Segundo o deputado, o governo federal promove uma verdadeira “esculhambação” durante a distribuição de verbas públicas para os seus aliados.

O Segundo Tempo foi criado em 2003 para oferecer prática esportiva para crianças e jovens carentes após o turno escolar e também nas férias. Até hoje o governo aplicou R$ 1,5 bilhão. Para este ano, o orçamento do programa é de R$ 255 milhões.

A reportagem também encontrou crianças expostas ao mato alto e todo tipo de detritos. E em algumas unidades faltavam uniforme e calçados para os alunos, os salários de funcionários estão atrasados e a merenda vencida. “Tudo que está ocorrendo faz parte de uma nefasta triangulação. O governo dá esse recurso para a ONG. A entidade escapa da fiscalização e os recursos são repassados a quem eles quiserem, sem licitação e ao arrepio da lei. Mas a cobrança de comissões é ainda mais grave e uma novidade”, avaliou o deputado, que é vice-líder da Minoria na Câmara.




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