Brogodó é aqui?

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Estamos há poucos dias para o término da novela das 18 horas da Rede Globo, Cordel Encantado, fazia muito tempo que a emissora não tinha uma audiência tão boa no horário.

A história passa numa fictícia cidade do sertão nordestino chamada Brogodó, onde por lá vivem reis, policiais, jagunços e políticos. Contudo se observarmos com bastante cuidado podemos visualizar uma grande semelhança com últimos acontecimentos no município de Quixadá, principal cidade do sertão central cearense.

Por lá um coronelzinho, Timóteo Cabral, se autoproclamou rei e seu “reinado” é marcado pelo terror, o medo, a perseguição, e sua fixação pela linda mocinha do folheto.

O prefeito Patácio não passa de um boboca, onde obedece as ordens do temido Rei, e sua única obra durante toda a duração do folhetim é a tentativa, até agora frustrada, de inaugurar um gerador.

Timóteo Cabral persegue seus “inimigos” tentando aniquilar todos, com o único intuito de conquistar riqueza, poder e a cobiçada donzela.

E o que encontraríamos em comum entre Brogodó e Quixadá?

No final do ano de 2.008 acabou o “reinado” do ex-prefeito Ilário Marques, reinado que depois foi alvo de possíveis escândalos de corrupção, veio a tona obras inacabadas, hospital com 13 colunas que consumiu meio milhão de reais, gaiolas de peixes compradas e não entregues, caminhões clonados, entre outras coisas.

Tentando manter-se no poder o ex-prefeito colocou em seu lugar um prefeito onde durante muito tempo recebeu, de cabeça baixa, suas ordens. Todos os assessores diretos do prefeito Rômulo Carneiro foram nomeados pelo ex-prefeito, restou para si apenas sua irmã na secretaria de saúde.

A prefeitura do município de Quixadá tornou-se a bela donzela que não poderia, de maneira alguma, deixar de ser conquistada pelo rei tirano.

O prefeito atual, engessado pelos assessores do rei, pouco ou nada fez para Quixadá prosperar, hoje o que presenciamos é uma completa falência dos serviços públicos. O Gestor, até hoje, pouco anda no município e falta quase tudo em todas as áreas de sua administração.

Há poucos dias nem mesmo o combustível tinha para se colocar nas viaturas do DMT e nas ambulâncias pra levar os pacientes pra a capital.

Tanto o “Rei” como o Prefeito fizeram pouco caso da população e descaradamente falavam que existia um acordo entre eles para que os dois primeiros anos de administração seriam comandados pelo “Rei”.

Assim como em Brogodó o “Rei” foi autoproclamado “Prefeito” de Quixadá.

Tanto a novela como a vida real mostra-nos que os homens não podem ter muito contato com o poder, muitos deles se transformam em pequenos Timóteo Cabral, onde perseguem seus adversários, tentam criar suas próprias leis, transformam o serviço público em verdadeiro balcão de negócios e desprezam o povo que o elegeu.




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