O Ministério Público Federal no Ceará (MPF/CE) ingressou, nesta quinta-feira, dia 27, com ação civil pública pedindo que a Justiça Federal determine a anulação total das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem 2011) ou, como medida alternativa, a anulação apenas das questões que foram aplicadas no simulado de uma escola particular de Fortaleza.
O MPF defende que somente a anulação do Enem ou das questões que foram divulgadas previamente pode restabelecer a isonomia entre todos os candidatos que se submeteram ao exame no país. “Concursos públicos precisam ter lisura e isonomia”, ressalta o procurador da República Oscar Costa Filho, autora da ação.
Na ação, o procurador pede ainda que sejam suspensas as novas provas para os alunos da escola. Ontem, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) anunciou o cancelamento das provas feitas por 639 alunos e a realização de novos testes nos dias 28 e 29 de novembro.
A medida adotada pelo Inep não atendeu à recomendação encaminhada, quarta-feira, dia 25, pelo MPF. Para Oscar Costa Filho, os alunos não podem ser responsabilizados pelo vazamento de questões através do simulado elaborado pelo estabelecimento de ensino.
O simulado realizado pela escola de Fortaleza, nas véspera da aplicação do Enem, continha 13 questões com conteúdo idêntico às seguintes questões do Exame Nacional do Ensino Médio: no 1º dia, prova amarela, questões de nº 87, 46,50,74,57,34,32,33; 2º dia, prova amarela, questões de nº 113, 180, 141, 173 e 154.
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