O congresso Fora do Eixo reúne desde o último dia 11 produtores da cadeia produtiva cultural do país, buscando diminuir os laços que os une através do Circuito Fora do Eixo. São mais de 1.000 pessoas envolvidas e coletivos de quase todos os estados do país.
O Coletivo Dom Quixarte, de Quixadá, participa deste encontro. Os produtores culturais Cleyton de Paula, Joana Matias, Kamilla Brito, Diná Hellen e Lídia Barros formam o grupo quixadaense que representa o interior do Estado junto com os demais participantes do projeto EntrePontos, da Rede Ceará de Música.
O Congresso adota o uso da NÃO GRADE, fazendo com que as ações dentro do mesmo sejam soltas, livres, onde os participantes sintam-se a vontade para debater temas cruciais e atuais no desenvolvimento da cultura e política do nosso país.
A cada dia temas como Meio Ambiente, Formação Livre, Sustentabilidade, Festivais, Circulação de shows de bandas independentes, Projetos Sociais, dentre outros, são debatidos em rodas de conversas onde todos os grupos acabam interagindo na busca pela realização FORA DO EIXO de ações de suma importância para nosso Brasil.
Com isso, o Coletivo Dom Quixarte acredita que, através dessa vivência, possam estar trazendo para Quixadá uma maior representatividade na atuação no âmbito cultural e que, através desta experiência, possa também estar colaborando para o desenvolvimento sustentável de nossa cidade através das ações que o coletivo planeja está realizando em 2012, assim como a continuidade da Feira Cultural Independente de Quixadá – FECIQ, e outros projetos que estão por vir. Além de firmar parcerias importantes que focam a circulação de shows e troca de serviços entre os produtores e empresários da cadeia produtiva do nordeste.
O produtor e micro-empreendedor Cleyton de Paula destaca a participação de Quixadá neste evento como um passo super importante para o desenvolvimento das ações sociais e culturais que abrange toda a região do sertão central, tirando o foco somente de Quixadá:
“Nosso esforço para vir até este congresso tem como foco aumentar nossa experiência e visão para com as práticas culturais as quais implantamos dentro da nossa cidade. Hoje não enxergo os shows que produzo como apenas um show e sim como uma ação que movimenta algo mais: Movimenta a possibilidade de criarmos um novo público, atraímos a atenção para tópicos importantes para a sociedade através da música, do teatro, da dança, fazendo assim as pessoas refletirem sobre tais aspectos no sentido de que elas passaram a enxergar também a cultura, a arte de modo geral, como um mecanismo livre, onde elas sintam-se livre e vivas, gerando oportunidades para as mesmas se impor perante as aberrações governamentais as quais vivenciamos hoje em dia. Somos livres, somos capazes de expandir conhecimento cultural através de ações que começam pequenas, como nosso feirinha, a qual temos todo o gás para darmos continuidade e fazer com que Quixadá saia Fora do Eixo e que não tenhamos uma feira onde o capitalismo reina impondo a sociedade apenas o consumo, como enxergamos na FENERCE, por exemplo. Precisamos de ALGO MAIS e é isso que queremos fazer junto com a própria população, portanto nossa vinda até São Paulo participar deste congresso não é de forma alguma um passeio turístico, viemos buscar ainda mais conhecimento sobre nossas ações e assim lutarmos sempre pela valorização da cultura de Quixadá e para o acesso livre a conteúdo verdadeiramente significativo”, comenta.
O Congresso Fora do Eixo tem sua realização na USP, São Paulo, de 11 a 18 de Dezembro.
